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Testador de Câmeras de Monitoramento

Existem equipamentos produzidos para auxiliar um profissional técnico nas mais diversas tarefas de seu cotidiano. Os aparelhos que tem como objetivo principal testar o funcionamento de câmeras de monitoramento no local aonde estão instaladas são popularmente conhecidos como Testes de CFTV.

Neste artigos faremos uma análise do IPC-9130 da Yian Eletronics, que é um testador reconhecido no mercado como 5 em 1. Essa denominação decorre do fato de ele trabalhar com todas as tecnologias atualmente existentes no mercado de CFTV, que sejam: CVBS, TVI, CVI, AHD e IP. Entretanto a mais forte de suas características esta no trato da tecnologia IP, o que eventualmente o faz também ser denominado um IPC Tester (Testador de Câmeras IP).

IPC TESTER 9130

COMPOSIÇÃO

Aparelho, acessórios e manual.

O aparelho tem o corpo em plástico preto e recebe uma capa emborrachada azul que além de fornecer uma proteção maior contra quedas também adiciona dois pontos novos para fixação de alça, bem como um ponto para fixação em cintos.

A embalagem trás uma bolsa, na cor preta, com dois compartimentos que acondicionam com folga o aparelho e seus acessórios. Ambos fechados por ziper e uma aba fixada por velcro. Acompanha a bolsa uma alça regulável também na cor preta.

Também estão presentes uma fonte de alimentação, cabo coaxial com conectores BNC nas duas pontas, cabo de conexão para alimentação com conector P4 em uma das extremidades, cabo de conexão para a saída RS 485, um ponta de loop para teste de conectores RJ-45 e Manual em Inglês do produto.

CARACTERÍSTICAS DO APARELHO

Na parte frontal o aparelho apresenta uma tela touch, com tecnologia G+G, IPS HD de 4.3 polegadas, resolução total de 800 × 480 e até 216 PPI (pontos por polegada). Teclado com botões de controle para o PTZ que também realizam funções no funcionamento do aparelho. Dois leds indicam se o aparelho esta ligado (vermelho) e se esta sendo carregado com sua fonte de alimentação.

Há em uma de suas laterais entrada para cartões MicroSD e uma conexão RS-485. Na parte superior uma conexão BNC, uma porta RJ-45, uma saída de alimentação de 12 V e um led branco de iluminação. Na outra lateral encontramos a entrada para a fonte de alimentação do aparelho e duas portas RJ-45 destinadas aos testes para este tipo de tecnologia.

SOFTWARE

O aparelho carrega um sistema que apesar da aparência semelhante aos Microsoft Windows na verdade são Android, muito semelhantes, em funcionamento, aos encontrados em aparelhos celulares.

A tela inicial tem atalhos na parte inferior e blocos coloridos que funcionam como atalhos á ferramentas instaladas no sistema. Também estão presentes as informações de hora, data e dia, bem como iconex que apontam a carga da bateria, conexão de rede e presença do cartão de memória.

Passar o dedo em um movimento da parte superior para a inferior da tela, à exemplo do que é feito em celulares, baixa um menu de opções que variam do Manual até o controle de volume e brilho. Nesta tela também esta disponível o ícone de engrenagem que leva às configurações do aparelho. Nelas podemos encontrar os controles de rede cabeada e wi-fi, hotspot, data e hora, display, som, armazenamento, linguagem, projeção, desligamento automático, configurações de teclas, reset e informações de versão.

FUNCIONALIDADES

A principal, mas não única, funcionalidade deste modelo é a exibição das imagens captadas por câmeras de forma que seja possível testar seu funcionamento e posicionamento.

O acesso mais rápido à esta operação é feito por dois blocos no menu principal do aparelho. Um dedicado à câmeras de tecnologia CVBS e HD e outro dedicado à Câmeras IP.

CVBS & HD

Selecionando a opção CVBS e HD é necessário escolher entre as tecnologias CVBS HD-ACT, CVBS, AHD, CVI e TVI. A câmera deve ser ligada ao aparelho através de cabos fornecidos com o aparelho.

Tendo sido feita a escolha pela tecnologia correta, correspondente à câmera conectada, o aparelho apresenta uma nova tela em que é possível verificar as imagens da câmera e acessar um menu com funções de fotografia, visualização de fotos dentro do equipamento, gravação, reprodução, configurações PTZ e setup de funcionalidades do equipamento enquanto plugado no aparelho.

Chama a atenção o número de informações sobre o equipamento plugado bem como a ajuda disponível para uso do próprio aparelho. Já na tela com a imagem é possível vislumbrar informações como TVI_2M_1980x1080_30P e acionando-se a opção Setup há um botão que leva à seção do manual do aparelho correspondente.

O modelo de câmera que usamos em nosso teste foi uma Hikvision DS-2CE16D8T-IT, equipamento com tecnologia Ultra Low Light e com configurações acessíveis através de menu UTC do próprio dispositivo. E em nosso teste básico não só foi possível ter acesso às configurações e informações do dispositivo, como também foi possível acessar o menu UTC e alterar configurações da câmera.

Também esta presente neste bloco a opção Serial que disponibiliza as configurações da porta RS485 presente no aparelho e envio de comandos para PTZ através desta porta.

IP CÂMERA

Ao selecionar este bloco o usuário tem acesso à diversas ferramentas com diferentes funcionalidades. Segue abaixo uma lista com uma descrição resumida de cada uma.

One-Click video – Acesso rápido à dispositivos já previamente configurados no aparelho e que sejam detectados na rede.
Rápid ONVIF – Acesso mediante configurações à dispositivo localizado na rede.
IP-Discovery – Busca de endereço IP de dispositivos conectados à rede com possibilidade de uso da função Rápid ONVIF
Net Tools – Conjunto de ferramentas de rede com Scanner de IP, Teste Ping, DHCP, Calculadoras Hikvision, Net-port Blink, PPOE, Teste de Link, Traceroute, Bandwidth Test, Socket, Calculadora IP, Teste de Portas e indicação de padrões de crimpagem de cabos de rede.
RTSP Player – Player de imagens de dispositivos usando protocolo RTSP.
HIK-SADP – Software com as funcionalidades principais do SADP da Hikvision.
DH Dahua, XMEye, TP LINK, Uniview, Jovision, Topsee, Tiandy, DANALE, e HBGK – Softwares que permitem alterar configurações de dispositivos e visualizar imagens de dispositivos de seus respectivos fabricantes.
Virtual Câmera – Câmera virtual que pode ser acessada pelo protocolo RTSP.
EZVIZ – Software de visualização de imagens através da Nuvem da Hikvision/EZVIZ.

Neste bloco é importante ressaltar as ferramentas de rede disponíveis, bem como os softwares de acesso à dispositivos de fabricantes. Notadamente os que tratam da Hikvision que apresentam funcionalidades muito semelhantes às dos softwares para PC e Dispositivos móveis do fabricante.

FERRAMENTAS

Neste bloco encontramos ferramentas bastante interessante e que podem auxiliar muito o técnico em seu trabalho cotidiano.

LED – Ferramenta que controla o LED de iluminação na parte superior do aparelho. Embora não seja de grande potência, o LED é capaz de iluminar pequenas áreas em ambientes mais escuros.
Cable Test – Dedicado ao teste de cabos de rede e que gera relatórios em PDF.
PSE – Ferramenta que informa as tensões presentes nos cabos conectados à dispositivos alimentadores PoE.
PoE POWER – Ferramenta que liga/desliga a alimentação PoE que o aparelho fornece.
Cable TDR Test – Teste que apresenta informações como atenuação e comprimento do cabo.
Cal – Calculadora.
Browser – Um pequeno navegador que nos permite navegar normalmente na internet.
Theme – Ferramenta que permite personalizar a aparência da tela do dispositivo.
Feedback – Ferramenta que dá informações de retorno ao fabricante com opinião sobre o aparelho.
Float Menu – Ferramenta que habilita um menu flutuante na forma de botão translúcido que permite executar algums comandos básicos de operação do aparelho.

CÂMERA

O bloco traz ferramentas já conhecidas dos técnicos de CFTV. O IVMS 4500 e o EZView da Hikvision, o Easy Cloud da Tiandy e o gDMSS HD Life da Dahua.

CONCLUSÃO

Os testes que realizamos com o aparelho foram satisfatórios em quase todos os resultados. A única exceção que conseguimos perceber é o resultado na metragem indicada no teste Cable TDR, que apresentou em todos os testes que fizemos com cabos de comprimentos distintos uma indicação de comprimento superior. Em nossos testes a maior diferença foi de 80 cm. As demais ferramentas funcionaram de acordo com o esperado e sua precisão nos deu bons resultados.

O aparelho que chegou com uma pequena “macha” na tela, que provavelmente foi provocada pelo transporte inadequado, e que só se mostrava aparente com a tela desligada, já “recuperou-se” e já não apresenta a mancha. Uma surpresa negativa ao desembalar que se transformou em uma constatação positiva no transcorrer de 2 dias.

É bom lembrar que esta é uma ferramenta de campo e que ferramentas laboratoriais normalmente tem melhor acuidade e capacidade de certificação. Mais testes de campo serão feitos para atestar se as ferramentas e o aparelho confirmam nossas expectativas. Entretanto já é possível estabelecer que o investimento neste tipo de ferramental é vantajoso e benéfico ao técnico.

O que é um Fórum

Em um fórum presencial são organizados espaços aonde os vários assuntos que permeiam um determinado tema são debatidos.

Um fórum na Web tem tem a mesma ideia de um fórum de discussões aonde as pessoas comparecem para trocar ideias e experiências. Neste fórum os assuntos de um determinado tema estão organizados em sub-fóruns e é nestes que são criados “tópicos”.

Criar um tópico é como abrir uma “sala de bate papo” dando a ela uma motivação inicial, que pode ser uma pergunta, uma informação ou até uma experiência própria.

E qual a vantagem de um fórum para uma rede social como Facebook ou WhatsApp ?

Em um fórum as informações são categorizadas por assuntos e cada tópico é tratado de forma independente. Assim se um usuário de um fórum de TI desejar interpelar os outros usuários do fórum sobre um determinado aspecto de uma linguagem de programação, basta criar um tópico e aguardar as respostas. Mas essa não é a diferença principal e a maior facilitação que o fórum trás. A maior facilidade esta no depois. Na busca e consulta sobre o que foi escrito naquele tópico.

Então se um usuário de um fórum de CFTV, por exemplo, criar um tópico sobre uma determinada dúvida sobre um determinado equipamento, todos os usuários do fórum poderão ver aquele questionamento e também suas respostas de forma organizada e separada dos demais assuntos do fórum, além é claro que poder realizar uma busca sobre o tema em questão.

Fóruns são extremamente comuns na área de TI. Se você ainda não conhece o Fórum da SUPRIO, cadastre-se. Proponha um tópico e aguarde uma resposta. Quanto maior for o número de participantes maior a disponibilidade de respostas e informações.

Mas atenção ! Fóruns são normalmente regidos por regras de comportamento e organização. Antes de sair abrindo tópicos e escrevendo qualquer coisa, faça uma busca e veja se não há já alguém que teve a mesma dúvida e até já obteve uma resposta que lhe atenda. Também não pense em ser desrespeitoso. As punições para aqueles que desrespeitarem regras e leis, são normalmente mais severas e podem ultrapassar as ações virtuais e irem para ações legais.

Experimente! Você logo chegará a conclusão que será uma das melhores fontes de informações que você terá.

Hikvision IVMS 4200 Lite

O IVMS 4200 Lite é a versão mais básica do software para visualização de imagens da Hikvision. Ao contrário de sua versão mais completa que prevê o gerenciamento não só das imagens mas de quase toda a linha de produtos da Hikvision, a versão Lite é exclusivamente dedicada a visualização, reprodução, gravação e busca remota para os produtos conectados. A versão Lite trabalha com NVRs, DVRs, câmeras IP e outros dispositivos de imagem da marca.

REQUISITOS VERSÃO WINDOWS

Apesar de seus requisitos previstos partirem de máquina mais “parrudas” e a previsão de uso dever sempre levar estes requisitos em consideração, nossa experiência mostra que o software roda bem em máquinas menos potentes desde que não lhe sejam exigidos o atendimento a muitos dispositivos. Cabe também ressaltar que apesar de a referência serem placas de vídeo da NVIDIA, o software também roda bem com placas da ATI.

Um aspecto que é importantíssimo ressaltar é que a recomendação é para sistemas operacionais Windows de 64 bits na versão 7 ou superior para qualquer patamar de desempenho desejado. Entretanto é importante lembrar que a versão atual do sistema operacional da Microsoft é o Windows 10 e que a versão listada esta fora de linha e em breve sem suporte oficial da Microsoft. Tendo isso como base recomendamos levar em consideração as necessidades em hardware do próprio sistema operacional para a composição do hardware que terá o IVMS instalado.

Como é possível perceber a diferença entre o mínimo e o recomendado reside no poder de processamento, tanto da placa de vídeo quando do processador. E este é o segredo da maioria dos softwares desta categoria. É na capacidade que a máquina tem de processar dados que torna o desempenho melhor no uso do programa.

Dados comparativos de Placas de vídeo

Assim, mesmo com um hardware de menor capacidade, é possível ter bom desempenho com o software. O hardware recomendado para a placa de vídeo é basicamente o que chamamos de “placa onboard”. Muitas vezes considerada inferior em desempenho para outras aplicações.

Como para qualquer software, o segredo do bom desempenho esta na “saúde” do hardware e software que o rodeiam. Um equipamento com hardware de boa qualidade, softwares originais e bem cuidado trará ao usuário uma experiência tranquila e satisfatória.

Evidentemente o desrespeito as regras de boa manutenção do hardware e software absolutamente defasados devem ser evitados para poupar o usuário de desilusões desnecessárias.

PERFORMANCE

Para dimensionar corretamente o hardware a ser utilizado é necessário ter os parâmetros de performance para cada nível de hardware especificado e compreender que há diferenças que devem ser levadas em consideração entre a codificação realizada por Hardware e por Software.

As tabelas acima mostram alguns dados que devemos chamar atenção. Veremos que não há dados para decodificação por hardware para a configuração mínima recomendada. Isto ocorre porque o hardware mínimo não é capaz de processar a decodificação.

INSTALAÇÃO

Senha do Usuário

O IVMS 4200 Lite disponível no site da Hikvision do Brasil esta em sua versão 1.0.0.4 e a instalação é simples. As únicas opções possíveis são a mudança do local da instalação e a criação dos ícones no Desktop.
Na primeira execução o software apresentará a tela para cadastrar a senha de acesso e também marcar o login automático. Atenção! Esta senha é do software e não dos equipamentos que vão ser acessados. E como é comum nos equipamentos da Hikvision as regras para criação da senha exigem caracteres maiúsculos, minúsculos, números, letras e caracteres especiais são esperados e tudo em um conjunto que pode variar entre 8 e 16 caracteres.

ADICIONANDO DISPOSITIVOS

O software possui um assistente que se apresenta em sua primeira inicialização ou através do menu Ajuda. O assistente lhe apresenta três opções de adição de dispositivos: Online, IP/Domínio e P2P de Nuvem.

Assistente IVMS 4200 Lite

Dispositivo Online – Usado para adicionar dispositivos que estejam na mesma rede local do computador aonde o software esta instalado. Em um processo de 4 estágios simples é possível adicionar os dispositivos de forma rápida, ativando os produtos que por ventura não tivessem ativados.

IP/Domínio – Este método do assistente é indicado para dispositivos que estão em redes distintas do computador aonde esta instalado o IVMS. Neste método é possível utilizar o DNS ou o IP do dispositivo.

P2P/Nuvem – É utilizado para adicionar dispositivos já configurados no Hik-Connect, mas é possível também criar uma nova conta para cadastrar os produtos. Entretanto é importante saber que como nos outros métodos que se usam a conexão por Nuvem, também é necessário ter em mãos o código de verificação que deve ser cadastrado diretamente no produto.

JANELA PRINCIPAL

Esta versão do IVMS é bem mais simplificada que a versão completa e por isso a janela principal do software destaca somente três opções na sua barra superior. Estão presentes Visualização, Reprodução e Manutenção.

Tela de Visualização

A Visualização é a opção padrão do sistema e esta tela esta organizada em duas áreas principais e a barra de opções na parte inferior.

A área maior e que toma quase toda a janela do software é destinada a apresentação das imagens e estará dividida de acordo com os dispositivos escolhidos para exibição e a seleção de exibição feita pelo usuário. Nela é possível exibir até 64 imagens dos dispositivos adicionados no software.

Em seu painel esquerdo é possível expandir: o quadro Ver onde se pode escolher entre as visualizações predefinidas ou personalizadas, o quadro Câmera em que se pode escolher o dispositivo e a câmera a ser exibida e por fim o quadro Controle PTZ que apresenta os controles de direção, zoom, foco e diafragma característicos, bem como os controles sobre Presets, Ronda e posicionamento padrão.

Na parte inferior da janela é possível acessar os controles para a área de exibição. Neles podemos optar por salvar a Visualização escolhida, parar a reprodução das imagens, controlar a reprodução de áudio, escolher os padrões de formato de exibição, ativar a troca entre canais e configurar o tempo de permanência em cada canal, avanço ou retrocesso de página de exibição, seleção de disposição de exibição e expansão para tela inteira.

Opções de disposição de exibição
Personalização de exibição

É importante ressaltar que na Seleção de disposição de exibição, além de optar pelos vários padrões pré-definidos que variam de quantidade de canais e tamanho distinto entre canais também é possível personalizar a exibição de acordo com o desenho do usuário.

Barra de Menus

Voltando nossa atenção para a parte superior da janela do aplicativo encontramos os botões e menus que permitem a configuração das demais funções do software bem como a reprodução de gravações dos dispositivos configurados. O primeiro botão, da esquerda para direita, é o de Visualização e nos coloca na tela de visualização do software.

Reprodução

O seguinte é o de Reprodução e leva-nos aos controle de seleção, exibição e exportação de imagens gravadas nos dispositivos. Importante ressaltar que o software salva os trechos selecionados no formato MP4 para vídeos e JPG para fotos. Padrões bastante difundidos mundialmente e de fácil visualização para a maioria dos usuários de computador. É possível, além de selecionar data e hora, aplicar filtros para o tipo de gravação, exportar de múltiplos canais simultaneamente e reproduzir vídeos em até 16x dentre outras funcionalidades.

Manutenção

O próximo é Manutenção. Nela estão disponíveis os dispositivos configurados, acesso às configurações remotas dos dispositivos e configurações do software.

Configuração Remota

Interessante ressaltar que na janela de Configuração Remota o quadro à esquerda que mostra as opções de configuração do dispositivo se ajustará automaticamente ao dispositivo selecionado, mudando as funções disponíveis conforme sejam pertencentes ou não ao dispositivo.

Continuando mais à direita da barra encontraremos os botões de indicação de Download, P2P, Menu Principal, Estatísticas de Uso, Troca de Senha de Usuário e o de Lock, que trava os menus e só permite novamente acesso à eles se a senha do software for digitada. Função útil para quando se deseja permitir a visualização à um operador rapidamente sem lhe deixar acessíveis os controles sobre software e dispositivos.

O IVMS 4200 Lite apesar de ser a versão mais simples é bastante completo e estável. Apresenta funcionalidades bastantes úteis. É perfeito para usar na portaria de um condomínio e permitir o acesso às imagens para os porteiros ou até na administração de empresas / condomínios e tenha como função principal objetivo a visualização de imagens e eventuais exportações de trechos de gravações.

Grau de Proteção

A durabilidade e confiabilidade dos equipamentos que utilizamos estão diretamente associados aos níveis de proteção que tais aparelhos tenham em relação aos ambientes aonde são utilizados comumente. Neste artigo falaremos um pouco sobre dois destes índices.

Grau de Proteção IP 

Conhecido em vários meios técnicos e profissionais o índice ou grau de proteção IP é definido por normas da International Electrotechnical Commission (IEC). Especificamente a norma 60529, que foi lançada em 1989 e sofreu aprimoramentos e correções sendo a última feita em 2015. 
A sigla IP é de Ingress Protection. Em uma tradução de sentido livre algo como Proteção contra ingresso. 

O índice ou grau de proteção IP é formado por dois dígitos. O primeiro indica a proteção contra o ingresso de corpos sólidos e varia de 0 a 6. O segundo trata da proteção contra ingresso de água e varia de 0 a 8. A tabela a seguir mostra suas variações e aplicações.

Grau de Proteção IP

É importante frisar que existe um outro padrão que guarda certa correspondência com o IP da IEC. A NEMA (National Electrical Manufacturers Association) entidade americana que representa mais de 350 fabricantes de equipamentos elétricos e médicos americanos desenvolveu seu próprio índice e abaixo podemos ver algumas equivalências entre os dois fatores.

Exemplos de correlações de índices NEMA e IP (IEC)

Grau de Proteção IK

Também estabelecido pela IEC o índice de proteção contra impactos foi originalmente estabelecido pela norma européia BS EN 50102 em 1995 e posteriormente revisado em 1998. Só em 2002 a IEC estabeleceu o padrão internacional através da norma IEC 62262. Mais recentemente, no ano de 2015, a ABNT publicou a NBR IEC 62262:2015, versão nacional da norma técnica. Antes da criação deste índice era comum acrescentar um terceiro número ao índice IP.

Grau de Proteção IK

HIKVISION DS-2CE71D8T-PIRL

A câmera tem em sua embalagem o manual do usuário, guia de instalação e um gabarito em etiqueta para fixação. O manual apresenta do dispositivo e suas funcionalidades e o guia do usuários traz as instruções de instalação da câmera.

Menu DS-2CE71D8T-PIRL

O menu desta câmera não se distingue do encontrado na outra participante de nosso teste a DS-2CE16D8T-IPT, a não ser pela opção que controla o comportamento do dispositivo quando seu sensor PIR detecta a presença de alguma pessoa dentro do seu limite de ação. As configurações possíveis desta função indicam que a câmera pode fazer com que o led de luz branca pisque indicando a detecção ou envie um alerta ao DVR. 

O menu traz as configurações de formato, linguagem, Luz branca e reset, e também dá acesso ao menu principal da câmera. Tendo em vista que já descrevemos os menus no artigo que fala da DS-2CE16D8T-ITP, nos limitaremos à disponibilizar o link para o artigo já descrito.

TESTES E RESULTADOS

Da mesma forma que com as outras câmeras os testes foram executados em três situações distintas: ambiente fechado com iluminação artificial, ambiente externo com boa iluminação e ambiente externo com pouca iluminação. Esclarecendo que o objetivos destes testes foi conseguir um parâmetro de uso interno, uso externo em ambientes favoráveis e desfavoráveis à um sistema de monitoramento.

AMBIENTE INTERNO

DS-2CE71D8T-PIRL – Configuração Padrão – Ambiente fechado – Noite
DS_2CE71D8T-PIRL – Configuração Padrão – Lua ambiente – Dia
DS-2CE71D8T-PIRL – Configuração Cor – Baixa iluminação

Neste ambiente pudemos verificar a diferença de desempenho entre os dois fabricantes participantes do teste. Os dispositivos da Hikvision foram capazes de entregar uma imagem com maior nitidez e detalhamento mesmo quando as fontes de luz estavam em outros ambientes que deixavam passar a luminosidade por uma porta há mais de 12 metros de distância. Na imagem de exemplo acima é possível ver a luz atingindo os pés das cadeiras e parte do desenho produzido ao atravessar a porta.

AMBIENTE EXTERNO – BOA ILUMINAÇÃO

Não houve maiores distinções de resultados entre as duas câmeras da Hikvision participantes do teste. Ambas forneceram imagens de boa qualidade e nitidez, mesmo nos ajustes padrão de fábrica.

DS-2CE71D8T-PIRL – Ambiente externo – Boa iluminação – Configuração Padrão – Noite
DS-2CE71D8T-PIRL – Ambiente externo – Boa iluminação – Configuração Cor – Noite

Neste ambiente usamos configurações nesta câmera que buscaram a qualidade das imagens, mas que mantivesse uma visualização mais próxima da realidade das imagens e sem o excesso de brilho.

DS-2CE71D8T-PIRL – Angulo superior configurada para visualizar pontos escuros.

AMBIENTE EXTERNO – POUCA ILUMINAÇÃO

Da mesma forma que nos dispositivos anteriores participantes deste teste, buscamos ir além e experimentar até aonde conseguimos resultados com este tipo de equipamento. Neste ambiente procuramos obter resultados diferentes dos demais equipamentos do teste.

CONCLUSÕES

Comparando-se os resultados das demais participantes fica evidente aonde os equipamentos da Hikvision podem chegar. A câmera nos entregou uma imagem de boa resolução e visibilidade mesmo em um ambiente acima das previsões que fizemos.

Se você precisa de uma câmera que não grave quando uma folha da arvore cair, quando o vento balançar um cartaz e até guando um farol intrometido vazar por uma fresta qualquer e em ambientes com baixíssima luminosidade esta é a primeira de sua parca lista de possibilidades existentes no mercado. Não é comum ver câmeras com sensores de infra vermelho e até a presente data só grandes fabricantes-desenvolvedores de tecnologia possuíam equipamentos desta categoria.

A DS-2CE71D8T-PIRL, como sua irmã participante do teste, expande as possiblidades do sistema de monitoramento e melhora consideravelmente o desempenho da segurança. A ausência de controles manuais do disparo e a ausência da lingua portuguesa os menus tiram o 10 que esta câmera mereceria, mas não são fatores que façam diferença para um profissional que saiba aonde e como aplicar este dispositivo.

CÂMERAS ULTRA LOW LIGHT

Há no mercado de monitoramento um tipo de equipamento que se destina à captar imagens coloridas com qualidade mesmo em ambientes de baixa luminosidade. Esta tecnologia esta disponível em alguns fabricantes e neste teste analisaremos as características de três modelos de dois fabricantes distintos.

Para entendermos estas definições corretamente é preciso conhecer algumas informações sobre óptica no trato da iluminação.

Lumens, Candela e Lux

LUMENS e LUX

Lumen é unidade de medida do fluxo luminoso (feixe de luz) com a intensidade de uma candela. O lumen está ligado a capacidade de se emitir luz. Uma vela, por exemplo, emite em média 12,5 lumens.

Lux é a unidade de medida que indica o fluxo luminoso (lumens) que incide sobre uma superfície à uma determinada distância. Traduzindo para uma definição menos técnica e mais popular é a medida que quanto daquele feixe luminoso consegue atingir o local desejado. A mesma vela, citada anteriormente, nas condições corretas produziria 12,5 lux no espaço de 1 metro quadrado ao redor da vela.

É importante reforçar a informação que a luminância não será a mesma em todos os pontos do ambiente. Refração de objetos e outros aspectos interferem diretamente na propagação da luz. Então, no contexto do CFTV, a avaliação que deve ser feita é no ponto aonde será fixada a câmera.

Câmeras HD comumente comercializadas hoje em dia apresentam em suas especificações a informação de 0,1 Lux como a luminância necessária para que apresente suas imagens. Fazendo as estimativas aproximados teríamos algo como uma vela acesa há 10 metros para que a câmera tivesse imagens.

ULTRA LOW LIGHT

A definição de Ultra Low Light é dada pelos fabricantes dos equipamentos. Desta forma a Giga Security também classifica a GS0052 Starvis, participante desta análise, de Ultra Low Light.  Entretanto há uma diferença considerável nas informações prestadas pelos fabricantes que colocam os equipamentos em níveis bastantes distintos de iluminação para obtenção de imagens. A Giga Starvis GS0052 apresenta em sua documentação a informação que necessita de 0,01 Lux, enquanto os dois modelos da Hikvsion indicam em suas documentações números 50% menores dos necessários da Starvis.

DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Para entendermos corretamente as funcionalidades e possibilidades destes tipos de equipamento, e para podê-los usar corretamente sem “apanhar” para configurá-los é preciso conhecer definições e conceitos do mundo do CFTV e da fotografia. Desta forma vou relembrar os conceitos necessários para a operação destes equipamentos de uma forma resumida e deixar aqui links para um estudo mais aprofundado.

ABERTURA

Tipos de Abertura

É o que define a quantidade de luz que entrará na câmera até o sensor. Quanto maior for a abertura, mais luz é captada. Ambientes com pouca luminosidade pedem uma abertura maior enquanto que ambientes muito iluminados uma abertura menor.

EXPOSIÇÃO

Imagens com tempo de exposição em diferentes configurações

É o que define a quantidade de luz captada pelo sensor da câmera. É regulado pela abertura. Quanto maior for a exposição mais clara a imagem ficará proporcionalmente à luminosidade existente no ambiente.

Na foto vemos seis níveis distintos de exposição. Os dois primeiros com pouca, os dois segundos com média e os dois terceiros com muita exposição.

AGC

Automatic Gain Control – Um circuito encontrado em vários tipos de equipamentos que tem por finalidade manter a qualidade do sinal recebido. Com o AGC ativado busca-se uma melhora no sinal de vídeo captado em lugares com baixa iluminação. É importante alertar que a ativação do AGC pode em determinadas circunstâncias gerar ruído de fundo nas imagens.

AWB

Automatic White Balance (Balanço automático de Branco) – Tem como objetivo tratar as cores que não refletem corretamente a imagem real. Está atrelado à conceitos de luz fria ou quente.

BLC

Back Light Compensation (Compensação de Luz de Fundo) – Procura proporcionar de forma automática a compensação do nível de luz de fundo de forma que os objetos ou pessoas não fiquem ofuscados.

OS TESTES

Os objetivos deste são verificar as funcionalidades dos equipamentos e a aplicação destes em ambientes distintos. O primeiro ambiente é o fechado com luz artificial distante, o segundo é o ambiente externo com iluminação de rua e o terceiro é o ambiente externo sem iluminação próxima.

Conscientes de que vários aspectos influenciam nos resultados procuramos implementar situações de iluminação diversas e variações nas condições da instalação em si, para obter resultados diferentes nas imagens e perceber suas influências.

Apresentaremos como fonte padrão de comparação dos ambientes externos a fotografia tirada por uma câmera fotográfica digital.

O material aplicado no teste foi selecionado com o mais comumente encontrado no mercado. Cabeamento coaxial de 4mm com alimentação, DVR Hikvision e fonte de alimentação de 10 A com conectores padrão P4 por parafuso e BNC por parafuso. Porque deste material bem básico ? Para ter exatamente o que qualquer um pode encontrar em qualquer distribuidor. Para testes mais apurados de qualidade de imagem usamos cabeamento Betacavi com conectorização Betacavi e fonte MCM de 5 A.
As imagens foram armazenadas em um HD Skyhawk de 1 TB instalado no DVR.

ANÁLISES

Especificações e funcionalidades

CONCLUSÃO DO TESTE

As três câmeras testadas cumprem o que prometem, mas é importante saber o que se propõem a fazer e os dois fabricantes, apesar de nomear seus equipamentos de Ultra Low Light, não prometem as mesmas coisas.

O equipamento da Giga é eficiente e em ambientes que atendam suas necessidades mínimas de luminosidade entrega uma imagem de qualidade, pecando somente no excesso de brilho que deixa muitas vezes a imagem opaca. Tem características distintas e muito bem vindas como a capacidade de adaptação à tecnologia HD, dentre outras já enumeradas. Sendo bem empregado no ambiente correto apresentará bons resultados aos seus usuários.

As câmeras da Hikvision justificam a presença da empresa no topo do ranking mundial do mercado de monitoramento. Suas funcionalidades de detecção de movimento e privacidade são um plus para a o objetivo principal dos dispositivos, que é cumprido com maestria. Sentimos que poderia ajudar muito o controle de disparo do obturador para ambientes aonde há objetos e pessoas que se movam mais rápido que um simples caminhar na noite. As duas câmeras da Hikvision foram capazes de entregar imagens que atenderiam todas as necessidades de alguém que buscasse um equipamento que lhes propiciasse “ver” em ambientes com iluminação baixíssima. Somente as câmeras com tecnologias como a Darkfighter seriam capazes de apresentar resultados melhores.

HIKVISION DS-2CE16D8T-ITP

A câmera vem acondicionada com manual, guia de instalação e conjunto de  parafusos com buchas, e envolta em proteção plástica.

SUB MENUS
Menu DS-2CE16D8T-ITP

O menu da câmera parece pequeno inicialmente, mas na realidade é bem extenso. As opções de seleção de formato, linguagem e reset do dispositivo ficam disponíveis no Menu Principal. As opções de linguagens selecionáveis são poucas, sendo o padrão o inglês. Não há opção para português.

No menu AE (Abertura e Exposição) os controles de brilho, exposição, AGC e sensibilidade. Nos chama a atenção o fato de BLC e WDR serem opções de um mesmo controle. O que obriga ao usuário optar entre a utilização de uma ou outra ferramenta.

O menu AWB (Balanço Automático de Brancos) dá acesso a definição de controle automático ou manual do balanço de brancos com a disponibilidade de ajustes nos ganhos em vermelho e azul.

A opção Day Night traz os controles de como a câmera irá capturar as imagens. Escolhendo o Modo Auto temos controle sobre o infra vermelho, podendo desliga-lo, e sobre a sensibilidade do SMART IR da câmera. Permitindo um ajuste mais fino e imagens mais nítidas mesmo com objetos próximos e evitando o famoso “estouro”. O modo Color a câmera só opera em colorido enquanto o modo BW deixa a câmera sempre no “preto e branco”. 

Em Video Settings temos os controles para contraste, sombreamento, ganho, 3DNR e espelhamento. Este último muito interessante pois permite a inversão vertical, horizontal e vertical+horizontal das imagens. 

O menu Func (Funcionalidades) apresenta ferramentas vistas comumente nos aparelhos DVR. Privacy permite configurar até 4 mascaras de privacidade e o Motion até 4 áreas de detecção de movimento. CAMID é a função que permite apresentar a identificação numérica da câmera. E também as opções de ligar / desligar o DPC.

Mascara de Detecção de Movimento
Mascara de Privacidade

TESTES E RESULTADOS

O teste inicial foi realizado em ambiente fechado e com as configurações padrão de fábrica. As imagens obtidas são similares à qualquer outro dispositivo semelhante do fabricante. Tanto quando com luminosidade ou sem.

DS-2CE16D8T-ITP – Configuração padrão – Com iluminação
DS-2CE16D8T-ITP – Configuração Padrão – Sem iluminação
DS-2CE16D8T-ITP – Configuração Cor s/ ajustes – Sem iluminação

No ambiente fechado a proximidade com as cores reais e a nitidez da imagem foram surpreendentes. Na imagem de exemplo acima deixamos a câmera sem os ajustes de qualidade para exemplificar o resultado da simples alteração do Modo Auto para o Modo Cor.  Os ajustes para remover os “ruídos” na imagem produziram uma imagem limpa exemplificada com a DS-2CE71D8T-PIRL.

AMBIENTE EXTERNO – BOA ILUMINAÇÃO

Neste ambiente tratamos de verificar as funcionalidades e resultados obtidos no principal objetivo deste tipo de dispositivo, que é a visualização de imagens de boa qualidade e coloridas em ambientes com diferentes níveis de iluminação.

Fotografia do local

A câmera foi “resetada” e usamos a imagem acima, de uma câmera fotográfica, como modelo de objetivo para a configuração.

DS-2CE16D8T – Ambiente Externo – Boa iluminação – Configuração Padrão – Noite

A primeira análise foi feita com a configuração padrão e o resultado em nada deixou a desejar aos demais equipamentos do fabricante. 

DS-2CE16D8T – Ambiente Externo – Boa iluminação – Configuração Cor – Noite

O resultado acima foi obtido com a configuração para o Modo Cor e as demais de forma que os detalhes do ambiente próximo fossem maiores, o que resultou em uma imagem com menos luminosidade.

DS-2CE16D8T-ITP – Angulo superior configurada para visualizar pontos mais escuros.

AMBIENTE EXTERNO – POUCA ILUMINAÇÃO

Nesta configuração tivemos um tratamento distinto para este dispositivo que nos testes anteriores. Nos anteriores fizemos experiências e mostramos imagens que não tinham como objetivo principal a qualidade, mas as outras capacidades do dispositivo. Agora, esta será a câmera que buscará a qualidade da imagem, enquanto a DS-2CE71D8T-PIRL será a que buscará outras possibilidades.

O ambiente escolhido foi um área de galpões aonde só é possível visualizar seus telhados e a iluminação fica bem distante do posicionamento das câmeras.

Fotografia do local

Como nas baterias de testes anteriores a câmera foi “resetada” e o resultado obtido com o funcionamento padrão do infra é o da imagem a seguir.

DS-2CE16D8T-ITP – Configuração Padrão – Local pouco iluminado.
DS-2CE16D8T-ITP – Configuração Cor – Local pouco iluminado

Com as configurações feitas para a captura demostrada acima conseguimos um nível de detalhamento da imagem bem superior das outras configurações testadas em outros dispositivos participantes. Mas também obtivemos um nível de “granulação” da imagem maior. 

CONCLUSÕES

A GS-2CE16D8T-ITP entrega tudo que promete e mais um pouco. A câmera foi capaz de captar e exibir imagens de ótima qualidade em condições de luminosidade bem inferiores do que a da concorrente. E quando a questão de visualizar o que acontecia, mesmo sacrificando um pouco a qualidade, a câmera desempenhou muito bem o papel, embora a Hikvision tenha equipamentos com a tecnologia Darkfighter e Darkfighter X que seriam mais adequados para o último ambiente de nosso teste.

A possibilidade de configuração de máscaras de detecção de movimento em áreas determinadas da imagem e as máscaras de privacidade são um bônus mais que bem vindo do dispositivo. Sentimos falta do controle manual do disparo do obturador para aplicar em locais com muito movimento.

A câmera GS-2CE16D8T-ITP é a porta de entrada para aqueles que necessitam de imagens de melhor qualidade em ambientes pouco iluminados. Distinguir cores em determinados locais é a diferença entre fazer valer o investimento no sistema de monitoramento ou somente constatar que não há mais nada a fazer.

GIGA STARVIS – GS0052

A GS0052 vem acondicionada em caixa com manual, conjunto de parafusos com buchas e uma pequena chavem Allen para o sistema de posicionamento da câmera. O manual não conta com nenhuma instrução de configuração ou uso, somente instruções de montagem e especificações técnicas.

Menu GS0052

Entre as primeiras opções de menu esta a configuração de linguagem. O modelo da Giga é o que mais linguagens apresenta e o único que apresenta o português como opção.

O menu AE (Abertura e Exposição), além de apresentar as opções de controle de brilho e BLC, trás o controle de disparo e um controle de ganho analógico e digital. Estes controles permitiram agir sobre a qualidade da imagem (ganho) e sobre a velocidade de disparo do obturador, o que define como serão capturados objetos em movimento pela câmera.

O menu WB (Balanço de Brancos) é simples e traz o controle automático e o manual. Este último bastante específico em seu uso pois só apresenta o controle de ganho para as cores vermelha e azul.

O menu Day Night é o que guarda os controles sobre o objetivo principal do dispositivo, permitindo a configuração para os modos Automático que permite que a câmera opere como uma câmera HD comum, Color que responsável por manter a imagem da câmera em cores com os níveis mínimos de luz aceitáveis. BW que define a operação em preto e branco e a opção EXT que configura a câmera, até aonde pudemos constatar, para o que seria uma operação externa. Não pudemos verificar nenhum efeito distinto da configuração Color e não encontramos maiores descrições sobre esta opção na documentação do site ou do dispositivo.

O menu Image Enhance traz os controles sobre contraste, sombreamento, ganho de cor e 3DNR da câmera. O 3DNR é responsável pela redução de ruídos na imagem.

O menu video setting apresenta os controles sobre o modo de vídeo, formato de imagem HD e o WDR. Duas destas opções noas chamaram a atenção. O controle de WDR que é distinto dos controles de BLC, e a possibilidade de selecionar o formato de imagem HD. Este é o único dispositivo do teste que pode ser classificado como multi formato.

TESTES E RESULTADOS

O primeiro teste foi feito em ambiente fechado com as configurações de fábrica. E a câmera apresentou uma imagem condizente com o restante de equipamentos da fabricante. Não fosse a ciência da equipe que o equipamento era um Ultra Low Light não se atestaria qualquer diferença.

AMBIENTE FECHADO

GS0052 – Ambiente Fechado – Configuração Padrão – Luz ambiente durante o dia.
GS0052 – Ambiente Fechado – Configuração Padrão – Luz ambiente durante o final de tarde.
GS0052 – Ambiente Fechado – Configuração Cor – Luz artificial próxima à noite.

Neste tipo de ambiente a diferença entre a necessidade de luminosidade entre os equipamentos ficou evidente. Seguindo nossa metodologia de aplicar algo prático conseguimos verificar que somente com uma lâmpada
que fornecia luminosidade em um ambiente contínuo na distância de aproximadamente 8 metros da posição das câmeras  foi possível obter uma imagem com qualidade semelhante às demais câmeras do teste. 

A imagem conseguida neste teste objetivava a melhor visualização e maior fidelidade das cores. As correções feitas na imagem pela câmera removeram a nitidez dos traços e detalhes da imagem produzindo uma imagem mais opaca, mas permitiram uma visualização clara do ambiente.

AMBIENTE EXTERNO A NOITE – BOA ILUMINAÇÃO

Nestes próximos testes procuramos tratar exclusivamente os objetivo principal deste tipo de equipamento. Tratamos de ambientes externos com boa iluminação e pouca iluminação.

Fotografia do local

Como nos testes anteriores os dispositivos foram “resetados” para os padrões de fábrica para fornecer uma base de comparação do próprio dispositivo com as alterações necessárias.

GS0052 – Ambiente Externo – Boa iluminação – Configuração Padrão – Noite.

E o que pudemos perceber foi que, dadas as condições de iluminação do local, a câmera não teve seu infra acionado, embora tenha produzido uma imagem com brilho elevado dando um aspecto de luminosidade que não era o real a câmera apresentou uma imagem colorida. 

GS0052 – Ambiente Externo – Boa iluminação – Configuração Cor – Noite

Feita a configuração para operação em modo Cor conseguimos uma imagem mais próxima da realidade do local, obtendo maior detalhamento dos objetos. 

GS0052 – Angulo superior configurada para visualizar pontos mais escuros da imagem.

AMBIENTE EXTERNO – POUCA ILUMINAÇÃO

Esta foi a prova de fogo à que submetemos as câmeras do teste. O local alvo de nossa captura de imagens é uma área de galpões de empresas que permanecem na escuridão durante a noite. A iluminação mais próxima é obtida de locais há mais de 100 metros de distância.

Fotografia do local

Não esperávamos obter um resultado em que a imagem produzida fosse algo semelhante com o obtido no teste em local iluminado. Nosso objetivo foi ver quais resultados conseguiríamos alcançar com o dispositivo sob este tipo de situação.

GS0052 – Configuração Padrão – Local pouco iluminado

Seguindo a metodologia do teste, “resetamos” a câmera e com isso obtivemos a imagem do dispositivo com o infra ativado. Como esperado uma imagem em “preto e branco” de boa qualidade que permitia-nos ver bem os telhados dos galpões.

GS0052 – Configuração Cor – Local pouco iluminado

Com o objetivo de visualizar o melhor possível o local conseguimos uma imagem com cores mas com brilho alto e baixa definição de detalhes. Com o trabalho nestas condições de iluminação e configuração, apesar de não haver movimento de objetos, em uma observação mais próxima da filmagem produzida, ficava evidente o trabalho de correção efetivado pela câmera pois era possível ver a alternância de tons dos pixels da imagem.

CONCLUSÕES

A STARVIS GS0052 apresenta opções muito interessantes como por exemplo o controle manual do obturador, a utilização do WDR e BLC ao mesmo tempo, controles de ganho analógico e digital e o controle manual do disparo do obturador. Estas opções são bastante úteis para o profissional que tenha conhecimento de fotografia.

A luminosidade exigida para a operação em cores em ambientes com pouca iluminação foi algo que consideramos que podia ser melhor. O próprio fabricante possui modelos, a GS0027 por exemplo, que apresentam os mesmos requisitos de luminosidade. 

Outro aspecto que constatamos foi o brilho excessivo que deram tons levemente opacos às imagens quando as configurações padrão eram selecionadas ou quando havia a necessidade de configurar a imagem para visualizar áreas menos iluminadas das imagens. Esta última característica também foi notada nas demais câmeras testadas, mas em um grau bem menor.

A STARVIS GS0052 é uma boa opção quando a fonte de luz que dá luminosidade ao ambiente a ser filmado não esta muito distante e tem boa potência, produzindo imagens de boa qualidade com boa definição de detalhes. Em ambientes que a luminosidade é baixa e distante os resultados foram satisfatórios para os que desejam imagens coloridas sem a exigência de maior definição.

HD PARA VIGILÂNCIA

O principal motivo de se manter um sistema de monitoramento é recuperar as imagens captadas pelas câmeras. Infelizmente existem instaladores que prezam pela qualidade das imagens que não se lembram de seu objetivo principal ao montar o sistema e optam por colocar dispositivos de armazenagem inadequados buscando diminuir custos.

Sistemas de monitoramento capturam até 30 quadros por segundo de cada câmera por até 24 horas por dia, 7 dias por semana. E este mesmo sistema tem que ser capaz de garantir que tais imagens estejam prontas para visualização dentro do prazo previsto. Por conta desta necessidade as fabricantes de dispositivos de armazenamento de dados desenvolveram produtos específicos para este fim.

Um Hard Disk, ou disco rígido, para micro computadores é desenvolvido para atender o ritmo de trabalho que estes dispositivos requisitam, por volta de 8 horas por dia gravando alguns arquivos e lendo arquivos gravados. No uso de um computador é mais comum que as operações sejam de leitura de arquivos que gravação de arquivos. Nos dispositivos que gravam imagens de sistemas de monitoramento o que ocorre é que por quase todo o tempo são realizadas gravações, e gravações de múltiplos arquivos simultaneamente. Estes dispositivos específicos são projetados para atender as necessidades e trabalhar com 90% do tempo gravando 24 horas por dia, sete dias por semana.

Apesar de aparentemente as diferenças entre um HD comum para PC e um HD para vigilância estarem restritas à etiqueta, e isto ser a fonte da crença que são produtos iguais, esta é uma ideia errada no que se refere à estes produtos. Este é um excelente exemplo que retrata a velha máxima “parece mas não é”. São produtos de composições absolutamente distintas.

Nesta matéria tentaremos fazer um misto entre análise e apresentação de um produto dedicado à este objetivo de atender as necessidades deste mercado e para isso temos que explicar umas das principais informações, embora hajam outras também relevantes, que instaladores e usuários de sistemas de monitoramento devem levar em consideração para a definição de qual dispositivo de armazenamento (HD) é o mais adequado aos seus objetivos.

MTBF – Acrônimo de Mean Time Between Failures, que em tradução literal significa Tempo Médio Entre Falhas, é um indicador de confiabilidade de um produto. É o tempo estimado entre falhas aleatórias (defeitos) que um produto apresenta dentro das condições previstas para seu funcionamento correto, excluindo-se as falhas decorrentes de erros de fabricação e término de vida útil previsto do dispositivo. Quanto maior o MTBF de um produto menos propenso a falhas ele é, e por consequência mais duradouro e estável em sua função.

Limite de Carga de Trabalho – É estabelecido como a quantidade máxima prevista de escrita do dispositivo em um determinado tempo. No caso de HDs o período é de 1 ano. Não é um limite que quando alcançado imponha a paralisação do dispositivo, mas sim que estabelece a partir de que ponto o dispositivo esta sendo usado fora de suas especificações. Como todo tipo de material a superfície magnética dos discos de um HD é projetada para um ciclo de funcionamento, no caso de gravação e leitura, que atenda sua aplicação. Exceder o previsto acelera o desgaste do dispositivo reduzindo sua durabilidade e aumenta a probabilidade de falhas.

Horas de Atividade por Ano – É o número total de horas previstas de funcionamento dentro do intervalo previsto de 1 ano de uso. Da mesa forma do que acontece com o equipamento que excede o Limite de Carga, o uso além das horas previstas do equipamento no prazo previsto reduz sua durabilidade e aumenta a probabilidade de falhas ocorrerem.

O MTBF é um parâmetro indicador de confiabilidade, mas o Limite de Carga e as Horas de Atividade são indicadores de limites de utilização para um bom funcionamento que garantam o MTBF previsto. Exceder estes dois últimos não acarreta nenhuma perda imediata no funcionamento do dispositivo, e talvez ai esteja a fonte para crença que seja “tudo igual” e que leva à prejuízos irrecuperáveis. A excelência na produção de discos rígidos alcançada pelos grandes fabricantes tem proporcionado o funcionamento do dispositivo por tempo considerável mesmo em condições de uso fora de suas especificações. Entretanto não há garantia de que isso vá ocorrer sempre e muito menos que os dados estarão íntegros quando necessário. E é justamente objetivando a garantia da existência destes dados íntegros que se investe no desenvolvimento de produtos que tenham limites maiores e atributos específicos para esta aplicação de armazenamento de dados de monitoramento.

Um disco rígido voltado para sistemas de monitoramento tem componentes internos com composição diferente da usada para discos voltados para o mercado de micro computadores e o firmware, software de instruções de funcionamento incorporado ao dispositivo, deste tipo de disco é otimizado para o tarefa que se destina.

A Seagate foi a primeira empresa a fabricar um hard disk para microcomputadores e isso é o cartão de visita do tipo de empresa que nunca saiu do topo da lista das melhores desenvolvedoras de tecnologia em dispositivos de armazenamento. É claro que uma empresa com este perfil estaria presente para atender as necessidades deste mercado. A Seagate tem profissionais que viajam o país fazendo palestras e difundindo conhecimento técnico. Um destes profissionais é Osvaldo Junior que forneceu diversos dados sobre o dispositivos da Seagate.

Em primeiro lugar vamos comparar um disco para computadores e um Skyhawk, ambos de 1 TB da Seagate, as especificações apresentadas pelo fabricante que são mais importantes para o público de instaladores e usuários de sistemas de monitoramento.

MTBF – Tempo médio entre falhas
LCTN – Limite de Carga de Trabalho Nominal
HAA – Horas de Atividade por Ano

A diferença é realmente grande entre os dois produtos. Enquanto um disco de computador é fabricado para funcionar 2400 horas em um ano, aproximadamente 7,7 horas por dia em uma semana de 6 dias, o disco dedicado à sistemas de monitoramento é construído para funcionar por 8760 horas por ano, ou seja 24 horas por dia em 365 dias por ano. Se aplicássemos o regime de funcionamento previsto para um Skyhawk no disco Barracuda ele atingiria o previsto para um ano de seu funcionamento em apenas 100 dias.

No que se refere à quantidade de dados gravados nos discos as discrepâncias são igualmente grandes. O disco Barracuda é construído para escrever até 55 Terabytes de dados por ano enquanto o disco Skyhawk é preparado para escrever até 180 TB no mesmo período. É uma diferença de aproximadamente 70% entre os modelos.

O tempo médio entre falhas previsto para o modelo Skyhawk é também superior ao disco Barracuda. E embora seja a tendência natural comparar diretamente os resultados é importante ressaltar que os testes são feitos para atenderem os requisitos de funcionamento previstos para os discos testados. No caso do Skyhawk é previsto o funcionamento gravando 90% do tempo. O que é diferente do funcionamento previsto do Barracuda.

O firmware ImagePerfect do modelo Skyhawk é baseado na tecnologia MTC, Multi-Tier Caching, que permite o fluxo de imagens de até 64 fluxos de vídeo em resolução HD. Seu algorítimo inteligente reduz os erros nos dados e seu suporte ao conjunto de instruções ATA-8 prioriza a entrega dos dados em vez de sua integridade como é o caso de firmwares de discos para PC. Este mesmo conjunto de instruções é otimizado para permitir o sequencias de blocos de arquivos, o que em discos para computadores é limitado. Outras tecnologias integram o firmware do Skyhawk e para melhores informações leia a documentação do link.

Abaixo vemos as especificações completas dos modelos Skyhawk e Barracuda de 1 TB.

Especificações do Seagate Skyhawk 1TB

Especificações do Seagate Barracuda 1 TB

A linha é fornecida no modelo Skyhawk para dispositivos DVRs e NVRs padrão, com tamanhos de 1 a 10 TB. Os modelos de 4 a 10 TB dos Skyhawk também contam com o Health Management que ajuda a prevenir perda de quadros. Os NVRs 4.0 da Hikvision e alguns NVR Dahua selecionados tem o SHM integrados. Os modelos Skyhawk AI são destinados a dispositivos de monitoramento que trabalham com Inteligencia Artificial. São exemplos de aplicação destes modelos as Tecnologias Deep in view e Deep in Mind da Hikvision. Os Exos X12 da linha Skyhawk tem como objetivo a Análise Centralizada de imagens.

CONCLUSÃO

A lógica simples nos leva a concluir que usar outro tipo de dispositivo que não seja os discos rígidos específicos para vigilância é arriscar não cumprir com o objetivo principal de todo o investimento feito em monitoramento. Todo o investimento feito em imagens de alta qualidade capturadas por câmeras de alta tecnologia e interligadas pelas mais modernas tecnologias à DVRs ou NVRs, bem como os valores gastos com serviços e pessoal de monitoramento não faz sentido algum se as imagens não puderem ser recuperadas, quando necessárias, tendo em vista o dispositivo de armazenamento inadequado.

A Seagate mais uma vez fez por merecer o status que detém em seu ramo de atividade como empresa que apresenta não só produtos de excelência, mas também como empresa que investe pesado em desenvolvimento de produtos de alta tecnologia. E a linha Skyhawk é o exemplo tácito de toda a capacidade de desenvolvimento de tecnologia de ponta que a Seagate entrega aos usuários de seus produtos.