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Cálculo de Banda Necessária

Parte II – Conteúdo

Se você já leu Cálculo de Banda Necessária – Parte I – Bases, consegue compreender a diferença entre Megabit e Megabyte, e também consegue distinguir se um fabricante está usando a base decimal ou binária para calcular armazenamento e/ou velocidade de transmissão.

Precisa agora entender como chegamos ao que vai ser transmitido. E para exemplificar este e outro aspecto muito importante de uma transferência de arquivos vamos usar como base um sistema de segurança eletrônica, ou se você preferir assim chamar um “serviço de streaming de imagens com a finalidade de prover monitoramento de segurança”.

Mesma imagem em diferentes meios

É importantíssimo compreender que há situações distintas para exibição de imagens. Equipamentos de exibição (monitores e TVs) e equipamentos de impressão tem situações distintas em relação ao que tratamos aqui. Estes meios de exibição de imagens tem vários aspectos relevantes que não são considerados para a armazenagem e transmissão da imagem.

Exemplos claros destas diferenças podemos ver ao tentar exibir uma imagem de uma determinada resolução em uma TV ou monitor de resolução diferente. O resultado pode ser decepcionante para quem assiste. Assim como será decepcionante imprimir uma imagem de baixa resolução mesmo que seja por uma impressora de altíssima capacidade gráfica.

O que tratamos nesta série de artigos são aspectos de armazenagem e transmissão que são afetados por alguns aspectos comuns que também atuam para meios de exibição.

Imagens

Um filme é nada mais que uma sequência de fotos reproduzidas em sequência. Os filmes que uma câmera transmite são em sua essência, dezenas de fotos tiradas por segundo e enviadas para um dispositivo que as processe e armazene, se necessário e desejado.

Entretanto o importante para nosso objetivo é saber qual é o tamanho das imagens a serem transmitidas. Cada foto é formada por uma série de pontos organizados lado a lado no eixo horizontal e também no eixo vertical. A quantidade de pontos nestes dois eixos dá a “resolução” da foto. Uma convenção estabeleceu que o mais usual é apresentar o eixo horizontal e depois o vertical. Assim quando se fala em uma resolução de 1920 x 1080, deve-se entender que são 1920 pontos na horizontal e 1080 pontos na vertical. Então ao multiplicarmos os dois números teremos a quantidade de pontos que a imagem tem.

Sistema de Cores

O sistema de cores, número de cores empregadas por ponto, para exibição é o RGB (Red “vermelho”, Green “Verde” e Blue “Azul”. Para efeito do que estudamos é importante estabelecer que esse número total de cores (três) é quem define a “profundidade” da imagem. Existem outros como por exemplo o CMYK que é utilizado em impressão.

Tamanho

Obtivemos a RESOLUÇÃO da imagem multiplicando o total de pontos horizontais pelo total de pontos verticais. Em um sistema de exibição poderíamos concluir que a resolução Full HD do exemplo acima tem 2 megapixels (mega=milhão), mas precisamos saber a quantidade informação que a imagem necessita para ser armazenada ou transmitida.

Como vimos acima as imagens são formadas por pontos horizontais e verticais, mas estes pontos devem apresentar cores distintas para formar uma imagem. Nos sistemas de cores de exibição de imagem estes pontos recebem o nome de pixel. Cada pixel contém 3 pontos. Cada ponto exibe uma variação de verde, vermelho ou azul.

É neste ponto que saber sobre bits e bytes começa a ser útil. Nos sistemas de informação cada pixel necessita de 3 bytes para armazenar variações de cor. E voltando novamente aos bancos escolares para lembrar sobre as aulas de matemática, considerando que cada byte tem 8 bits e cada bit só pode assumir 1 entre 2 valores (0 ou 1) de nossa base binária, temos que cada uma das três cores possíveis (verde, vermelho e azul) pode se ver representada por 256 tons de variação (28 = 256). Como são 3 pontos por pixel, temos o que é chamado de True Color, ou seja 28 x 28 x 28 = 16.777.216 de cores possíveis em um pixel.

Para determinar o tamanho em bytes de uma imagem precisamos aplicar a seguinte fórmula:

Aonde:
T = Tamanho em bytes
A = Altura (eixo vertical)
L = Largura (eixo horizontal)
P = Profundidade
BPC = Bytes por Componente

Aplicando esta fórmula à nossa imagem de exemplo teremos a Altura (A) como 1080, a Largura (L) como 1920, a Profundidade (P) como 3 e finalmente o Bytes por Componente (BPC) que na maioria dos casos será 1, mas que pode assumir qualquer valor dependendo da precisão desejada. Assim obtemos o Tamanho em bytes (T) de 6.220.800 bytes.

O resultado que obtivemos agora foi o tamanho em bytes, ou seus múltiplos, de 1 imagem ou quadro. Entretanto nossa filmagem não contém somente 1 quadro ou imagem. E para calcularmos o total temos que saber quantos quadros ou imagens são capturados por segundo pelo sistema. Em nossos exemplos adotaremos o que se conhece por “tempo real”, ou seja, 30 FPS (frame per second).

Voltando à calculadora temos 6.220.800 bytes por quadro (frame) e 30 frames por segundo de filmagem. O produto de nossa conta é 186.624.000 bytes por segundo ou 11.197.440.000 bytes por minuto de filmagem.

Após fazermos todos os cálculos chegaremos à conclusão de que 1 minuto de filmagem consome aproximadamente 11 Gigabytes de armazenamento. Entretanto é importante ressaltar um aspecto muito importante que até o presente momento não foi levantado. Nossos cálculos e modelos estão considerando o que é conhecido como “Mapa de bits”.

Neste nível não são considerados compactações de nenhuma espécie ou qualquer tipo de codificação. Nesta forma uma imagem repleta de cores e detalhes teria exatamente o mesmo tamanho que uma imagem absolutamente preenchida com uma única cor, qualquer que seja.

Isto aconteceria porque cada ponto da imagem é tratada da mesma forma independente do seu conteúdo. Uma informação de branco tem o mesmo “peso” de uma informação de preto ou qualquer outra cor.

CONCLUSÃO – Parte II – Tamanho

Neste artigo apresentamos quais fatores são considerados para estabelecer o tamanho de uma imagem sem qualquer tipo de aprimoramento.

Importante frisar as diferenças entre meios de exibição e distribuição de imagens, bem como relembrar o que foi demostrado no artigo anterior sobre múltiplos de base binária e decimal do bit.

No próximo artigo trataremos especificamente dos aperfeiçoamentos que permitem que nossos arquivos de imagens sejam otimizados em tamanho.

Cálculo de Banda Necessária

Parte I – Bases

Uma das mais comuns fontes de decepção e chamados de suporte para qualquer técnico que necessita de transmissão de dados para outros locais é justamente não conseguir que a informação necessária chegue em seu destino de forma satisfatória. Clientes ligando porque não conseguem receber os arquivos ou imagens são situações que devem e podem ser evitadas se o profissional souber realizar os cálculos corretos para estimar corretamente o que é minimamente necessário para satisfazer as necessidades de seu cliente.

Neste artigo transportaremos parte de um treinamento entitulado “Introdução de Redes para CFTV” que ministramos aos nossos clientes para ilustrar como é feito o cálculo.

BASES

O primeiro passo é compreender corretamente as “bases” em que nos apoiamos. A primeira delas é compreender que toda informação que vemos “circular” hoje é transmitida por um computador. E é necessário expandir o conceito de “computador” para além daquele aparelho com um gabinete, teclado, mouse e monitor que muitos de nós temos em casa.

Computador é tudo aquilo que “computa” e computar é, em um de seus sentidos literais, contar. Então tudo que computa de forma autônoma com o objetivo de produzir uma informação (dados) é um computador. E porque estamos lhe explicando isso ? Para que você compreenda que quase tudo que lhe cerca hoje realiza esta tarefa. Sua TV Smart e celular são simples exemplos, dentre outras centenas possíveis que lhe cercam diariamente, de computadores que você usa e não os chama por este nome.

Uma forma rústica, mas eficaz de você identificar um “computador” é verificar se o aparelho recebe informações suas de alguma forma e se guarda informações para uso posterior. Se isso ocorre com o aparelho, muito provavelmente ele é um computador.

A informação mais importante para nosso objetivo de calcular a banda e que está na estrutura de criação dos computadores é que eles são binários. Compreendem tão somente sinais “positivos” ou “negativos” de energia, que para facilitar para nossa compreensão e comunicação normalmente convertemos em representações gráficas com 0 (zero) e 1 (um), “+” e “-“, verdadeiro ou falso, certo e errado, etc.

BASE BINÁRIA E BASE DECIMAL

Assim, matematicamente falando, a capacidade de estabelecer uma informação do computador é “binária”, ou seja, só comporta duas situações. E como computadores são em sua essência “contadores” a base matemática para nossos cálculos também será a binária (0 e 1).

O que não se deve esquecer é que nós convencionamos usar a base decimal (0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9) para o nosso cotidiano. E isto nos influenciará em uma certa confusão muito comum quando se trata de “tamanho” de dados a serem transmitidos e armazenados.

BITS E BYTES

A menor unidade de MEDIDA para uma informação é o BIT. Gráfica e matematicamente ele é representado por 0 ou 1. Eletricamente ele é negativo (0) ou positivo (1).

Entretanto é essencialmente impossível transmitir ou armazenar um único bit de forma inteligível. Há uma série de protocolos que tem por objetivo a segurança e a correção das informações que fazem que os dados (informações) à serem transmitidos de um ponto à outro contenham muito mais “bits”. E embora este seja um tema muito esclarecedor para compreender corretamente “como” funciona a transmissão e armazenamento de dados, é também muito extenso e complexo. Desta forma “aceitaremos” a simples afirmação de que não é possível transmitir ou armazenar de forma compreensível um único bit como informação.

Esta conclusão nos leva ao fato de trabalharmos muitos “bits” para transmitir ou armazenar uma única informação e por conseguinte usarmos as definições de múltiplos, que tão bem aplicamos na nossa matemática, para a nossa base binária de bits.

CONFUSÃO

É neste ponto que surge uma confusão e sua origem remonta ao “primórdios” da “informática”, quando a indústria precisava informar ao consumidor comum o “tamanho” de seu dispositivo sem lhe fazer voltar aos bancos escolares para explicar a base binária.

Como explicamos acima computadores usam a base binária e por convenção nossos múltiplos do cotidiano, de base decimal, estão organizados em milhares. Então 1000 unidades é 10 elevada à 3ª potencia (10³). Entretanto computadores tem base binária e não há número inteiro que elevado à outro número resulte em 1000 unidades. Assim o multiplicador de milhar para a base binária é 1024 (210).

A indústria continua usando a boa e velha base 10 para quantificar e por isso temos a confusão. No quadro abaixo usamos o exemplo de um HD de 500 GB para ilustrar a diferença entre o que está na etiqueta do produto e o resultado que seu computador lhe dá quando você consulta a informação.

Você deve ter estranhado os nomes que definem os múltiplos na base binária. E isto é bastante comum, pois os nomes usados pela indústria são os mais conhecidos e até mesmo o conceito de “1024”, o que acaba causando uma associação indevida, pois são situações distintas.

Uma curiosidade que ajudou a ampliar o quadro de confusão é o fato de sistemas operacionais sempre apresentarem os totais relativos à tamanho dos dispositivos de armazenamento em bytes. Mais recentemente alguns sistemas, como Windows por exemplo, passaram a dar as duas informações.

Perceba que o total em bytes não reflete o número de milhar em GB.

Dada essa situação há empresas que adotam o 1000, enquanto outras adotam o 1024. Embora usem a mesma nomenclatura. Por isso é importante que você saiba reconhecer sobre qual base estão aplicando. O Windows, por exemplo, nos mostrou o resultado em bytes e ao mostrar o total em seu múltiplo de bilhão (Giga – GB) e trilhão (Tera – TB) usando os mesmo símbolos aplicados para a nomenclatura decimal embora tenha feito o cálculo baseado em binário.

Abaixo temos os múltiplos em base decimal e binária e suas respectivas nomenclaturas.

CONCLUSÃO – Parte I – BASES

É imperioso que você consiga compreender o que “lê” nos manuais de seus dispositivos e nos guias e contratos de prestação de serviços de quem lhe fornece o pacote de dados.

E embora o dispositivo vá sempre se valer da base binária para trabalhar, pois está incapacitado pelas leis da física de agir de forma distinta, a compreensão dada por um ou por outro pode ser diferente e lhe causar confusão.

No próximo post falaremos sobre o tamanho das imagens e CODEC.

COMUNICAÇÃO COM O SUPORTE TÉCNICO

Todo produto que carrega em si a necessidade de instalação para utilização deve contar com o manual de instruções, suporte técnico e assistência técnica adequados.

Níveis de Suporte

O suporte técnico normalmente é dividido em níveis distintos pelos fabricantes de acordo com a necessidade de conhecimento técnico sobre o produto a ser suportado. Estes níveis podem ser vários, mas o mais comum é que sejam 3 (três).

SUPORTE DE 1º NÍVEL
O mais comum é que o suporte de primeiro nível seja o de instruções e procedimentos. Responsável por orientar o usuário em como proceder a instalação do produto e resolver os problemas decorrentes de falhas neste processo de instalação. É ele, por exemplo, que lhe informa para verificar se o equipamento está ligado à tomada, conectado com o cabo de rede ou até se o usuário apertou o botão de ligar, verificando se as medidas previstas no manual de instruções de instalação do produto foram corretamente executadas.
Esta tarefa pode ser executada por qualquer pessoa que tenha o manual de instruções e uma lista de requisitos para o bom funcionamento do produto. Empresas que contam com equipes de suporte criam ou recebem dos fabricantes, listas de procedimentos e perguntas devidamente ordenadas em sequência de execução para a verificação de procedimentos de instalação e requisitos de funcionamento dos produtos. Os “atendentes” deste nível de suporte são treinados para adquirir o conhecimento técnico específico à sua tarefa e só. Muito raramente há o conhecimento técnico mais profundo sobre como o produto funciona realmente.

SUPORTE DE 2º NÍVEL
O 2º nível de suporte normalmente é ocupado por profissionais técnicos com conhecimento relativo ao tipo de produto que é o foco de sua atividade. Assim produtos eletrônicos tem pessoal com conhecimento técnico de eletrônica, computadores tem pessoal da área de TI, material elétrico tem conhecimentos técnicos de eletricidade e etc. Entretanto é importante ressaltar que o conhecimento técnico não está restrito à aqueles com formação técnica específica e não é incomum que profissionais que autodidatas que desenvolveram seus conhecimentos técnicos ao decorrer de sua vida profissional estejam presentes nestes postos.
A tarefa deste grupo é revisar todas as checagens feitas pelo suporte de 1º nível e realizar verificações técnicas sobre os parâmetros de instalação e funcionamento do produto.
Normalmente é neste nível de suporte aonde se detecta as reais falhas do produto ou de sua instalação que vão propiciar a execução dos termos de garantia ou não.

SUPORTE DE 3º NÍVEL
Este tipo de suporte é normalmente executado pelo próprio fabricante do produto e tem como tarefa encontrar as falhas que o 2º nível não foi capaz e executar desenvolvimento das devidas soluções e até sugerir a alteração do produto para evitar novos problemas decorrentes das falhas encontradas. Nesta equipe normalmente estão pessoal de desenvolvimento do produto, entre outros profissionais, com conhecimento técnico de formação acadêmica e laboratorial.

COMO PRESTAR UM BOM SUPORTE TÉCNICO ?

É evidente que quanto maior o conhecimento técnico do atendente, melhor será a possibilidade de um bom atendimento. Entretanto isto não é o suficiente. E porque ? Porque é preciso compreender corretamente, muitas vezes falando somente pelo telefone, o que o usuário do produto está tentando informar muitas vezes de forma muito superficial e equivocada.

E qual o segredo para prestar o melhor suporte possível ? O segredo é a LINGUAGEM. A comunicação é a chave de um bom suporte. E a comunicação muitas vezes não é feita somente pela fala, mas principalmente pelo gestual e apresentação de quem se comunica. Como o atendimento inicial normalmente é feito por telefone estamos limitados à palavra. E é realmente neste ponto que se percebe a dificuldade de comunicação.

Poderíamos citar milhões, literalmente, de exemplos aonde a falta de compreensão mutua de uma palavra com um mesmo significado é crucial para o sucesso ou fracasso de um procedimento, mas vamos ficar com um bem simples e que é capaz de ilustrar bem as dificuldades que devem ser sobrepujadas pelo suporte técnico.

“Atendente: – Suporte técnico, bom dia.”
“Usuário: – Bom dia nada ! Vocês me venderam um produto que não funciona !!”
“Atendente: – Por favor descreva o problema.”
“Usuário: – Essa porcaria não liga !!!”
“Atendente: – Verifique por favor se o LED indicativo de ligado está aceso.”
“Usuário: – Está ! Mas não tem imagem essa droga !
“Atendente: – Verifique se o cabo de vídeo do aparelho está ligado, por favor.”
“Usuário: (Desliga o telefone)”.

Evidentemente o exemplo acima mostra um cliente impaciente e que não seguiu as orientações do manual de instalação do produto. Um quadro comum mas que não é generalizado. Entretanto o importante é a compreensão do que foi dito. O cliente associa a palavra ligar à exibição de imagens no produto, ou seja, ele não usa a palavra com o significado que ela tem.

O profissional que trabalha com atendimento ao público e presta o suporte precisa ter completo conhecimento do passo a passo da instalação do produto com que trabalha como também os requisitos técnicos que são necessários para que o mesmo funcione corretamente. É imperioso que o suporte ao ouvir do usuário um termo (palavra) mentalize automaticamente todos os procedimentos necessários para que aquilo que o cliente lhe informou tenha se realizado. Então, usando o exemplo acima, ao ouvir que o aparelho “não liga” o suporte deve seguir os passos necessários para que o produto ligue, de acordo com o manual de instruções do fabricante, de forma inversa. Assim, no exemplo acima, tendo executados os passos corretamente, o cliente teria imagem no produto. Esta é a verdadeira reclamação. Ele não tem. Passa-se ao passo imediatamente anterior. E segue-se neste procedimento até encontrar aquilo que não foi feito ou foi feito de forma equivocada.

Quanto mais detalhado for a checagem mais sucesso neste primeiro atendimento se obtém. É recomendável que o atendente de suporte siga o mesmo check-list que um bom técnico de instalação ou manual de instruções deve ter. A indicação de seguir na ordem inversa tem por objetivo partir do mesmo ponto em que o usuário ou cliente está. Assim se houverem perguntas sobre o que foi feito a probabilidade do cliente lembrar de forma mais clara e detalhada é maior.

CONCLUSÃO

Se você é usuário ou cliente e vai entrar em contato com o suporte técnico tente ser o mais claro possível. Use as palavras com o sentido que elas tem. E, principalmente , descreva TUDO o que foi feito. Mesmo que errado. Muitas vezes a solução do problema é simples e o suporte é levado a tomar uma série de procedimentos desnecessários porque lhe foi descrito algo que não é a verdade. Você perde tempo, ele perde tempo e seu problema leva muito mais tempo para ser resolvido.

Se você é profissional da área de técnica e precisa dar suporte aos seus clientes acostume-se a pensar de forma detalhada no que realiza. Memorize cada detalhe e ao tratar com seu cliente preocupe-se em primeiro lugar com a comunicação. Se faça entender e quando uma descrição lhe for feita tenha em mente todos os passos que levaram até aquele ponto e tudo que foi necessário para executá-lo. Aprimore seus conhecimentos técnicos e seu vocabulário.

CÁLCULO DE CABEAMENTO

Nos acompanhamentos que fazemos das redes sociais nos diversos grupos voltados para a área de segurança eletrônica uma pergunta constante é:
“- Qual cabo devo usar para alcançar determinada distância com alimentação correta para a câmera ?”

Este é um exemplo prático que aquela velha frase que você ouvia na escola dizendo “eu nunca vou usar isso lá fora” não poderia estar mais errada. E por isso é preciso voltar aos bancos da escola, mais especificamente às aulas de eletricidade do professor de física.

Mas nós entendemos que alguns podem não ter tido esta oportunidade e outros já não se lembram com clareza daquilo que foi ensinado. E é com este intuito que vamos compartilhar aqui uma planilha que confeccionamos para realizar o cálculo de cabeamento em projetos. A planilha é componente de uma pasta em que fazemos todos os demais cálculos para realização completa de um projeto de CFTV e que distribuímos no treinamento DO PROJETO À PRÁTICA que ministramos eventualmente.

O documento prevê o cálculo para até 16 cabos em até 20 andares. Alcançamos o cálculo de até 320 cabos.

ALERTAS

1 – Este tipo de ferramenta é útil para qualquer um que saiba como utilizá-la e como os cálculos são feitos. É uma ferramenta de auxilio e NÃO DEVE ser levada como substituto do conhecimento técnico necessário, sob nenhuma hipótese. É tão somente um facilitador que desenvolveu-se para não fazermos contas repetidas vezes e acelerar o processo de apresentação de uma proposta de serviço.

2 – Esta planilha usa parâmetros para circuito elétrico MONOFÁSICO ! E NÃO DEVE ser aplicada sobre sistemas distintos deste.

COMPREENDENDO AS INFORMAÇÕES

Vamos explicar o preenchimento correto da planilha e o significado dos campos.

Resist. Cobre (Resistividade do Cobre) – É o valor apresentado como fator de resistência ao fluxo de corrente elétrica. Este campo é vedado para alterações e contém um valor fixo estabelecido por normas técnicas.

Queda de Tensão (%) – É um percentual estabelecido em norma. Adotamos o valor que é mais rígido para garantir que a tensão desejada seja a que vai ser alcançada.

Total Cabeamento – É um campo de somatória que totaliza o comprimento de todos os cabos calculados. Evidentemente só servirá como parâmetro se o projeto for satisfeito em suas necessidades por um mesmo tipo de condutor.

Distância Comum – É a distância entre o ponto aonde todos os cabos se unem para então, a partir dali, seguirem para os equipamentos. Exemplo: Todos os cabos do sistema que você está projetando vão até um quadro vindo de vários lugares diferentes, deste quadro até os equipamentos seguem todos juntos. Esta é a distância comum que todos terão que percorrer. Mesmo em projetos aonde não há quadros, sempre existe um ponto aonde os cabos se unem.

Pé Direito – É a altura do andar que está sendo calculado.
Importante: Se a sua distância comum já considera o pé direito do andar aonde ficam os equipamentos o valor a ser preenchido é 0 (zero).
Obs.: Como o documento só considera 16 dispositivos por andar, aqueles projetos com quantidades maiores podem usar o “andar” seguinte bastando informar o pé direito igual a 0 (zero).

Dist. (Distância) – É a medida entre o ponto de saída do cabo no andar até a posição do equipamento.

Tam. (Tamanho) – É a somatória de todas as distâncias informadas para aquele ponto. De uma forma mais simples é o comprimento do cabo para aquele ponto.
Obs.: Eventuais “folgas” devem ser acrescidas nas medições.

AMP (Amperagem) – É o valor total de corrente exigido pelo(s) equipamento(s) que vão ser empregado(s).

VOLT (Voltagem) – É o valor total de tensão exigido pelo(s) equipamento(s) que vão ser empregado(s).

BIT (Bitola) – É o valor calculado que o fio deve ter em seção transversal para atender os requisitos de Amperagem, Voltagem e distância a serem satisfeitos. O campo é arredondado para a segunda casa decimal.

CONCLUSÃO

O documento não tem a pretensão de abranger todas as situações possíveis. Tão somente o mais cotidiano. Com raciocínio e boa vontade ele pode lhe ajudar muito.

Utilize com sabedoria.

LEMBRETE: O documento é uma ferramenta de auxílio e NUNCA deve substituir o conhecimento de como chegar aos mesmo resultados.

HIKVISION COLORVU

A Hikvision lançou no ano passado uma nova linha de câmeras com foco em funcionamento em ambientes de baixa luminosidade. As câmeras ColorVU chegarão ao país de acordo com um planejamento da empresa para cada modelo e por isso, apesar de existirem tanto modelos analógicos quanto modelos IP na linha, até o momento de edição deste texto somente os modelos analógicos estavam disponíveis na cadeia de distribuição.

Iluminação
A principal característica que se pode notar ao visualizar uma câmera
ColorVU é a ausência de LEDs de infra de qualquer espécie. A câmera dispõe de um LED de luz branca que pode ser acionado quando o ambiente tiver um nível de iluminação insuficiente para a exibição das imagens coloridas, com uma aplicação parecida com a dos LEDs de infra. Entretanto este LED não está limitado à este funcionamento e pode ser desabilitado quando desejado, bem como ter seu modo de operação alterado. TEXTO SOBRE O MODE 1 E 2.

Lentes
O LED de infra vermelho ter sido abolido desta linha é uma consequência natural de suas novas tecnologias. A Hikvision trouxe lentes com uma abertura de f/1.0 e no que se refere à fotografia quanto menor o número deste parâmetro maior é a abertura. Este índice funciona como a indicação de uma conta matemática aonde o “f” informa o tamanho da abertura da lente em relação à distância focal. Assim uma abertura de f/1.0 em uma câmera com distância focal de 2.8 mm indicaria a abertura de 2.8 mm (2.8 / 1). Para exemplificar a diferença entre as câmeras mais comuns no mercado de CFTV hoje é só fazer a conta com os mesmos parâmetros, mas com a abertura em f/2.0 o que nos resulta em uma abertura de 1.4 mm (2.8 /2).

E qual o resultado desta abertura maior ? Maior exposição e consequente maior captação de luz. Assim a luz mas tênue ou distante consegue ser captada pelo sensor. Para os interessados nos pormenores dos benefícios e contra pontos de abertura de lentes sugerimos, mais uma vez, a visita à sites com foco em fotografia.
Aqui temos três exemplos de como a incidência de luz influência na imagem captada. Importante informar que para estes testes a luz branca do LED da ColorVU foi desabilitada.
A primeira imagem trás mostra o ambiente iluminado pela luz emitida pelo próprio monitor instalado no DVR em um horário matutino aonde a claridade do dia, mesmo sendo indiretamente aplicada, ajuda na captação da imagem.

Ambiente com Luz de Monitor e luz indireta do Sol.

Nesta segunda imagem não temos a luz do monitor e nem mesmo a luz indireta do dia. As únicas luzes do local são provenientes de LEDs indicativos de ligado dos aparelhos presentes no ambiente e do infra da câmera Hilook usada para comparação. A câmera ColorVU não sofreu nenhum ajuste ou configuração para aperfeiçoamento de imagem.

Ambiente somente com luz de LEDs indicativos e infra da Hilook. Sem ajustes na ColorVU

A terceira imagem trás o ambiente iluminado somente pelos LEDs, infra e a claridade indireta do dia.

Ambiente iluminado por LEDS indicativos, infra e claridade indireta do dia.

É distinto o resultado de acordo com o contexto de iluminação do ambiente para as ColorVU mesmo sem que não seja feito nenhum ajuste em suas funções de WDR, DNR e etc.

Além destas vantagens as lentes das câmeras ColorVU possuem revestimento anti-reflexão e a lente é feita com vidro de dispersão ultra baixa permitindo que aqueles efeitos de reflexão que encontramos em situações de iluminação direta sobre a lente sejam minimizados, bem como ampliem a nitidez e cores realísticas com o contexto da imagem.

Câmera ColorVU Câmera Comum

Em ambientes externos os resultados são tão elucidativos quanto em ambientes internos. E mesmo sem qualquer configuração adicional a ColorVU apresentou imagens coloridas no ambiente testado em todo o tempo em que permaneceu ligada em testes.

Ambiente externo com iluminação de rua à noite.
Ambiente externo com iluminação do dia.

Funcionalidades

O modelo enviado para testes foi o DS-2CE10DFT-FC que possui um Menu acessível através dos controles PTZ de DVRs ou do navegador.

As opções do menu permitem o ajuste de parâmetros como WDR, AGC, BLC, HCL e diversos outros. Tais ajustem devem ser sempre feitos no local de instalação para que os contextos de luminosidade possam ser avaliados.

Estão presentes, à exemplo do que ocorre em vários outros modelos low light e ultra low light da marca, máscara de privacidade, detecção de movimento e também o DPC (Correção de Pixel Defeituoso).

CONCLUSÃO

Se nós já gostamos das conhecidas “D8T” (apelido dado a partir do modelo das ultra low light) da Hikivision é evidente que com este modelo não seria diferente. O equipamento ficou mais de 30 dias conosco e além da fácil instalação, comum a qualquer outra câmera analógica, nos propiciou uma série de testes de aplicação prática. Testes tão variados de luminosidade e aplicação que realmente ficou difícil escolher o que apresentar. E isso nos fez optar pelo básico que qualquer instalador poderá repetir com o equipamento em suas mãos. Infelizmente os resultados de imagens ficam sujeitos ao equipamentos que os exibe e portanto cada dispositivo poderá apresentar resultados distintos. Entretanto esperamos ter mostrado a porta que poderá levar à um número considerável de opções de instalação.

Novos modelos da linha ColorVU estão prometidos para este ano ainda e aguardamos ansiosos, principalmente pelas IP.

H.265+

Antes de falarmos sobre o H.265+ é preciso compreender o que ele é.
E ele é um CODEC. Mas afinal de contas o que é um CODEC ?

CODEC
O termo CODEC é um acrônimo de COdificador e DECodificador. Um codificador é um software que transforma uma informação em um código específico e o decodificador é o software que faz o processo inverso, retornando o código na informação inicial. Um CODEC faz o papel dos dois.

A imagem acima mostra de forma simples as fases do trabalho de um Codec.
São exemplos de informações codificadas:
– Arquivos compactados;
– Arquivos de áudio;
– Arquivos de vídeo;
– Arquivos criptografados;

Normalmente o que recebemos é a informação codificada em um “container”. Container é o nome dado à arquivos que tem mais de um tipo de informação codificada.
São exemplos de arquivos container:
– Arquivos de Filmes (AVI, MP4, MKV, etc)

Embora seja, na prática, uma das principais aplicações de um CODEC a compactação da informação não é sempre um objetivo. Arquivos criptografados são, na maioria das vezes, muito maiores em tamanho que a informação decodificada.

CODECs são primordialmente aplicados na área de mídia para compactar tais informações. Estes apresentam uma perda na qualidade da informação e normalmente esta perda é decorrente da necessidade de produzir arquivos menores e mais rápidos de decodificar.

O H.265

A High Efficiency Video Coding ou traduzindo, Codificação de Vídeo de Alta Eficiência, também conhecida como H.265 é a tecnologia de compressão de vídeo que substitui o conhecido H.264/MPEG-4.

Estabelecida nas normas técnicas ITU-T H.265 e ISO / IEC 23008-2 MPEG-H de 2013, sua principal característica é a maior capacidade de compactação com preservação de qualidade, que por consequência permite a transmissão de vídeos de maior resolução consumindo muito menos banda e ocupando muito menos espaço de armazenamento.

Como seus antecessores o H.265 trabalha dividindo cada frame em partes menores conhecidas como blocos. O H.264 tem os macroblocos sendo sempre simétricos começando em 4×4 pixels e crescendo de forma igual até o tamanho máximo de 16×16 pixels. No H.265 a diferença é que estes blocos são bem maiores que seus predecessores, podendo chegar a 64 x 64 pixels e recebem o nome de LCU (Largest Coding Unit) ou CTU (Coding-Tree Unit).

Estas LCU (Grandes Unidades de Codificação) podem ser subdivididas e organizadas em unidades menores que em ordem hierárquica são as UC (Unidades de Codificação), PU (Unidades de Precição) e TU (Unidades de Transformação). Cada uma delas com suas regras de tamanho e ação, sendo que o tamanho mínimo de codificação ainda permaneceu um bloco de 4×4 pixels. Neste aspecto o grande avanço é que estas unidades menores podem ser assimétricas, ou seja não estão atreladas à forma de um quadrado como no H.264.

Outra alteração que trouxe um grande avanço foi a mudança da predição, maneira pela qual se mantêm pixels próximos em uma escala de tons semelhantes. No H.264 eram 9 os modos (direções) e no H.265 este número saltou para 35 modos.

Isto tudo aliado ao aperfeiçoamento de outras técnicas como o Codificador de Entropia, o processamento paralelo e a utilização de técnicas de ordenação de codificação permite uma redução considerável nos dados necessários para a reconstrução da imagem, pois o decodificador é capaz de “prever” o dado que “falta” e remontar a imagem.

Desempenho

O primeiro passo para podermos avaliar o desempenho de um Codec é termos a correta noção de qual é nosso ponto de partida. E o ponto de partida do H.265 é a imagem capturada. E embora seja empregado em imagens de diversas resoluções, o H.265 foi desenvolvido com foco especial em imagens de alta resolução como o Full HD (1920 × 1080) e as resoluções do UHDTV: 4K (3840 × 2160) e 8K (7680 × 4320).

Cabe aqui um esclarecimento. A resolução usada em codificações com perda de dados, caso do H.265, conhecida como 4K é o dobro da resolução 2K, mais popularmente conhecida como Full HD que recebe este nome pelo fato de ter 2 MP (Megapixels). Entretanto há o 4K de 4096 × 2160 pixels. Este formato é usado na industria cinematográfica, aonde a proporcionalidade é diferente da usual das TVs e monitores (16:9), mas ainda sim guarda similaridade em MP com o 4K.

O alerta é para que não haja enganos. Apesar de a resolução 4K ter o dobro dos valores apresentados na sua “irmã menor” (2K – Full HD), o tamanho é 4 vezes maior. Então uma imagem em Full HD tem 2 MP e uma imagem em 4K tem 8 MP aproximadamente. ((VxH)/1.000.000)

Testes de desempenho realizados por laboratórios especializados determinaram que a compressão alcançada pelo H.265 em comparação ao H.264 é :

  • 52% superior em 480p
  • 56% superior em 720p
  • 62% superior em 1080p
  • 64% superior em 4K

Nós realizamos testes de gravação utilizando câmeras Hikvision com o Codec H.265+. Este codec, segundo a Hikvision, foi otimizado para sistemas de monitoramento. E nossos resultados foram extraordinários.

No primeiro teste pudemos perceber o máximo resultado da implementação de blocos maiores e melhor predição, pois o ambiente aonde foi realizado o teste apresentava pouca alterações das imagens e uma grande área das mesmas era em tons monocromáticos (branco). Filmagens na resolução Full HD em 30 fps resultaram em 970 MB de dados armazenados para cada 24 horas de gravação, ou seja apenas 2,10% do previsto para o H.264. Claro que um resultado tão espantoso provocou um novo teste sob as mesmas condições e que felizmente apresentou resultados muito semelhantes.

Nosso segundo teste foi feito somente com a alteração do ambiente. De uma sala quase sem movimentação para um ambiente externo (rua) muito movimentado. Neste contexto obtivemos os resultados muito próximos preconizados pelo fabricante do dispositivo para o Codec H.265+. Tendo sido armazenados 16,2 GB, em média, para cada 24 horas de gravação. Uma economia de aproximadamente 64% do previsto para o H.264.

Conclusão

O Codec H.265 comprova ser o que há de mais moderno no mercado para a compressão de vídeo produzindo resultados surpreendentes. O custo de armazenamento de imagens é drasticamente reduzido com a utilização de equipamentos que implementem tal codificação. Em um exemplo prático o armazenamento de filmagens em Full HD com 30 fps em um sistema de 16 câmeras consumiria nada menos que 22 TB de espaço se feita em H.264, forçando a aquisição de pelo menos dois discos Skyhawk de 14 TB da Seagate ao custo de mais de R$ 7.000,00 aproximadamente. A mesma situação atendida pelo Codec H.265+ consumiria um único disco de 8 TB ao custo de R$ 1.800,00 aproximadamente. Uma economia que somente em gasto com armazenamento é de mais de 74%.

O mais importante é ressaltar que a economia não se limita ao armazenamento. Em equipamentos IP que utilizam tal tecnologia a redução de tráfego na rede é igualmente extraordinária. Claro que também é melhorado o desempenho dos equipamentos e reduzido o custo com implementação de redes com maiores capacidades. A razão de consumo de banda do H.265+ para o H.264 é de 1 para 3 respectivamente. Enquanto 16 câmeras IP, Full HD em 30 fps consumiriam uma banda aproximada de 33,3 Mbits, o mesmo conjunto usando o H.264 consumiria nada menos que 91,5 Mbits aproximadamente. Para uma rede 10/100 Mbits é a diferença entre operar tranquilamente sem muito esforço e trabalhar sempre no limite.

Para os interessados em aprender mais detalhadamente como funcionam Codecs de vídeo, especialmente o H.265, sugerimos iniciar pelas documentação oficial. Entretanto há muito material explicativo em vídeo e documentos publicados na internet.

Tecnicamente não há motivo que não seja a indisponibilidade de equipamento que justifique o não uso deste Codec H.265. Mais rápido, com maior qualidade, ocupando menor banda e espaço de armazenamento é, até que venha seu sucessor, o que há de melhor qualidade, mais produtivo e mais econômico.

Hikvision DS-2CD2643G0-IZS

Nesta análise de mais uma câmera IP da Hikvision o foco será exatamente o que a distingue dos modelos mais básicos de câmeras IP da marca.

O que atrai de primeira vista na DS-2CD2643G0-IZS é a existência do zoom motorizado e a tecnologia HLC (High Ligth Compensation), em uma tradução simples e literal “Compensação de Luz Alta”. Esta tecnologia é crucial para as situações aonde é preciso captar imagens de objetos reflexivos ao infra ou luz direta. Aqueles que normalmente “estouram” a imagem não permitindo a identificação do objeto ou do que vai escrito nele. O exemplo mais “clássico” que se pode dar são as placas de veículos.

Outros atrativos diferenciados neste dispositivo são a entrada e a saída de áudio e alarmes, bem como algumas configurações especiais no trato de redes que ampliam consideravelmente as possibilidades de integração e controle do dispositivo.

HLC – HIGH LIGHT COMPENSATION

A tecnologia HLC tem como objetivo prevenir que a imagem fique ofuscada por um excesso de luz que venha de objeto ou área que a câmera deva visualizar. Ao contrário de tecnologias semelhantes e, eventualmente, concorrentes no sentido de não poderem ser aplicadas simultaneamente, como BLC (Back Light Compensation – Compensação de Luz de Fundo) e WDR (Wide Dynamic Range – Alcance Dinâmico Amplo) que tem como objetivo tratar a luz de fundo da imagem, permitindo que objetos que encontram à frente da fonte de luz sejam melhores visualizados, esta tecnologia tem como objetivo permitir que objetos que encontram-se em pontos paralelos ou posteriores ao ponto de luz possam ser corretamente visualizados.

A CÂMERA

Corpo – Não se engane pelas imagens. Ao contrário da maioria dos dispositivos mais encontrados esta câmera é de um tamanho que impõe cuidados. Ela tem 14,41 cm de altura e 33,27 cm de comprimento. Com seu corpo feito em metal pesa 1,74 Kg. E com esse tamanho e peso é evidente que seu fabricante pensou bem e lhe deu graus de proteção IP67 e IK10.

Lentes – Com um conjunto motorizado de lentes que podem variar de 2.8 mm até 12 mm a câmera consegue FOV (Campo de Visão) que vai de 98º à 28º horizontais, respectivamente e com foco automático. Seu infra vermelho conta com dois leds EXIR com alcance de até 50 m.

Conexões – O dispositivo conta com uma entrada e uma saída de áudio, ambos mono canal. Uma entrada de alarme e uma saída de alarme com 12vdc e 30mA. Além de uma saída 1Vp-p BNC de 75Ω . Completam conexão de cartão SD de até 128 GB, conector RJ 45 da interface de 10/100 Mbits e um botão de Reset do equipamento devidamente protegido.

Software

O Firmware do dispositivo que testamos está na versão 5.5.83 e trás as mesmas funcionalidades da maioria das câmeras IP da Hikvision. Entretanto há diferenças e é nelas que vamos focar.

Navegadores – Neste dispositivo nos chama atenção a possibilidade de utilizar outros navegadores para visualizar as imagens além do bom e velho Internet Explorer. Utilizamos o Chrome em sua versão 76.0.3809.100 de 64bits e o Firefox 68.0.1 também de 64bits. Mas nem tudo são flores e em ambos os navegadores os menus de Reprodução e Imagem não foram disponibilizados, bem como o botão de “disponibilizar áudio” na parte inferior esquerda da tela.

Outro aspecto importante de ressaltar na utilização destes navegadores é que ao iniciar a visualização o stream apresentado foi o secundário. Também não tivemos disponível o menu Local, que trata da localização, formato e tamanho de arquivos exportados pela câmera, além de definir protocolos de comunicação. Acreditamos que isso se deva ao fato já mencionado de não estarem disponíveis os menus de Reprodução e Imagem, já que a maioria das configurações que constam no menu Local são diretamente relacionadas à estas funções de reprodução e armazenamento de imagens.

Os demais menus e funções permaneceram sem alteração entre os três navegadores testados.

OS TESTES

Já tendo testado outras câmeras IP da Hikvision e compreendendo que é realmente enfadonho ver a descrição dos mesmos campos e funções, optamos por abordar somente o que não é “padrão” nos equipamentos da marca. Entretanto no final desta matéria teremos uma lista completa das funções e menus com box de descrição dos mesmos.

Realizamos testes de gravação / armazenamento, saída / entrada de alarme, funcionalidade do conjunto motorizado de lentes e do HLC.

TESTES DE GRAVAÇÃO

Os testes foram feitos em dois ambientes distintos. A exemplo do teste feito na DS-2CD2021G1-I aonde conseguimos resultados realmente impressionantes de compressão em ambiente fechado e de pouca movimentação, os resultados mostraram taxas de compressão muito semelhantes na DS-2CD2643G0-IZS. Conseguimos gravar continuamente 10 dias ocupando somente 12 GB do cartão de memória instalado. Um número pouco maior que o de sua “irmã” menor, mas que que justifica-se perfeitamente pela diferença de resolução entre as duas.

Os testes feitos em ambiente externo já produziram números mais aproximados da realidade da maioria dos empregos deste tipo de equipamento. Em 70 horas de teste com os mesmos parâmetros de resolução máxima, 30 fps e gravação contínua foram ocupados 50 GB do cartão de memória instalado.

Assim obtivemos taxas utilização de 50 MB/h e 714 MB/h para ambientes com pouca movimentação e muita movimentação, respectivamente. Cabe ressaltar que o resultado obtido em ambientes com muita movimentação é muito próximo da taxa que o software Hikvision Views calculou como previsão de consumo de disco.

TESTE DE ENTRADA E SAÍDA DE ALARME

Este teste consistiu em tão somente verificar o funcionamento das saída e entrada de alarme que o dispositivo possui. Um pequeno circuito que alimentaria um led foi confeccionado para verificar o funcionamento da saída. Ele foi pensado desta forma para que pudesse exibir visualmente o tempo em que o pulso permanece ativo na saída.

Entrada de Alarme
A entrada de alarme do dispositivo pode ser configurada para estar “Normalmente aberto” ou “Normalmente fechado”. Na prática isso quer dizer que em caso de estar “aberto” a entrada estará recebendo sinal o tempo todo e no caso de estar “fechado” só receberá quando houver um envio para o dispositivo. Como exemplo de aplicação podemos citar as fechaduras magnéticas e eletro magnéticas. As primeiras operam com o circuito sempre aberto para que a eletricidade faça funcionar os eletroímãs que as mantém fechadas. Já as eletro magnéticas, muito comuns, operam com os circuitos sempre fechados só recebendo energia para que os seus eletroímãs ajam sobre suas travas e abram.

A DS-2CD2643G0-IZS permitiu agendar quais horas e dias a entrada de alarme estaria ativa, se estaria normalmente aberta ou fechada e os já conhecidos “Métodos de Ligação”, que neste caso eram enviar e-mail, Notificação do Centro de Vigilância e Carregar para FTP/Cartão de Memória. Também é possível configurar ações como acionar a saída de alarme e iniciar a gravação do dispositivo.

Saída de Alarme
Para a saída de alarme esta disponível a configuração do tempo de atraso, que é essencialmente a quantidade de segundos ou minutos em que será acionada a saída de alarme após o evento detectado. Realizamos testes de acionamento da saída de alarme com o auxílio de uma pequena placa de circuito produzida por Carlos da Silva Nunes, especialista em eletrônica, e pudemos ver na prática o funcionamento da saída de alarme.

HIGH LIGTH COMPENSATION (HLC)

A tecnologia que entendemos mais interessante deste equipamento foi a capacidade de tratar a luz forte que se apresenta para a câmera. Traduzindo para uma linguagem prática e um dos objetivos mais populares pode-se dizer que esta câmera pode “ver melhor objetos” em meio à situações em há luz forte incidindo sobre a câmera, e o exemplo mais clássico para isto é visualizar placas de automóveis com faróis ligados à noite.

Atenção: É importante lembrar que uma câmera com HLC não faz obrigatoriamente o reconhecimento e leitura de placas de automóveis. Isto é feito por câmeras conhecidas como LPR (License Plate Recognition) que tem outros atributos absolutamente necessários para que a “leitura” das placas seja realizada à contento.

Uma câmera que tenha a tecnologia HLC permitirá que o próprio usuário visualize objetos “ofuscados” por luz ou reflexos de luz. E para atestar o bom funcionamento desta tecnologia neste dispositivo fizemos um teste prático.

Os ajustes necessários são realizados no menu Imagem – aba Configurações de vídeo – opção Definições de luz de fundo. Nesta área é possível ativar tecnologias como BLC, WDR e HLC. Um aspecto importante é lembrar que BLC e WDR são tecnologias que tratam do mesmo assunto em níveis distintos. Assim ao ativar o BLC o WDR é desabilitado automaticamente e vice-e-versa.

Quando ativa-se a tecnologia HLC o WDR deve ser desativado, da mesma forma que quando se ativa o WDR o HLC deve ser desativado. E o motivo é simples: são tecnologias que tratam a incidência de luz na câmera de forma diametralmente opostas. O WDR trata a luz de fundo aperfeiçoando a visualização daquilo que está à frente da fonte de luz e o HLC trata a luz para permitir a visualização daquilo que está atrás ou lado da fonte de luz.

Realizamos os testes práticos do HLC filmando uma rua movimentada em horário noturno. Nosso objetivo era o mesmo que mais se busca com essa tecnologia em nosso país. Visualizar as placas dos veículos que passavam. Como esperado a câmera mostrou bem as placas de veículos parados, mas as dos veículos em movimento houve muita dificuldade de identificar algo. E mesmo alterando o tempo de exposição não conseguimos obter sucesso. E o motivo é o que justifica o investimento em uma LPR. O número de frames por segundo. O número máximo desta câmera é de 30 fps. Uma LPR é 60 fps normalmente.

Após o teste de carros em movimento realizamos o teste com um veículo parado. A distância entre a câmera e o veículo era de 10 metros. Capturamos imagens usando o foco automático com a lente em 2.8 mm e farol baixo (Figura 1), depois mudamos para 12mm e ainda farol baixo e por fim em 12mm com farol alto. Em todos os testes conseguimos ler a placa do veículo sem complicações.

CONCLUSÕES

A DS-2CD2643G0-IZS é uma excelente escolha para utilização em locais aonde a visualização de imagens diurnas com a ótima qualidade dos seus 4 MP ou noturnas aonde haja incidência de luz direta sobre a câmera é desejável. Locais como entradas de automóveis em casas ou condomínios aonde além de ver a placa do veículo o usuário deseje a capacidade de visualizar detalhes.

Com este tipo de equipamento é possível, por exemplo, controlar a abertura de uma cancela, disparo de sirene ou luz de alerta a partir de um evento inteligente como cruzamento de linha e ainda registrar tal ação no cartão de memória com um alerta à central de monitoramento ou App do celular.

A capacidade de armazenamento as imagens no cartão de memória e a utilização do codec H.265+ são a “cereja do bolo” para um dispositivo que é versátil na aplicação e excelente nos resultados.

Lentes e distâncias na prática

Para poder escolher as lentes que se aplicam às necessidades de um determinado local é preciso ter a correta ideia sobre o resultado obtido com a aplicação de cada tipo de lente.

Para ajudar nesta escolha existem alguns aplicativos que fazem o cálculo da lente “correta” de acordo com alguns parâmetros pré informados. Nós utilizamos o Hikvision Views da Hikvision que possui uma seção Calcular aonde encontramos, dentre outras calculadoras úteis, a de Foco da Câmera. Entretanto é necessário entender alguns conceitos e terminologias.

Distância Focal

Um equivoco muito comum que percebe-se no mercado de monitoramento é confundir distância focal com tamanho de lente. A distância focal é o nome dado da medida do ponto central da lente até o sensor.

Quando a especificação de uma câmera diz “Lente 2.8” esta se referindo à distância entre o centro do seu conjunto de lentes e o sensor e informando que é de 2,8 milímetros.

Ângulo de visualização

Uma das consequências do aumento ou diminuição da distância entre o Sensor e a lente é o diminuição ou aumento do ângulo de visualização. Quanto mais próximo estiver a lente do sensor maior será o ângulo de visualização e quanto mais longe estiver do sensor, menor será o ângulo de visualização.

Proximidade

Outra consequência deste afastamento ou aproximação da lente ao sensor é o distanciamento das imagens. Quanto maior for a distância entre a lente e o sensor, mais próxima a imagem do objeto aparecerá. Conhecemos este efeito da ótica como Zoom.

Diferenças importantes

Existem outros fatores que interferem na forma como as imagens são captadas tais como formato de lentes e ângulos de convergência, entre outros fatores. São estas diferenças que fazem com que câmeras de CFTV com distância focal de 3.6 mm tenham ângulos de visualização de 73º enquanto câmeras fotográficas com lentes de até 27 mm tenham ângulos de 75º.
A imagem captada pela câmera é o resultado de um conjunto de fatores em que distância focal e a forma da construção e composição das lentes são partes importantes.
É importante lembrar que todos estes fatores podem mudar de acordo com cada fabricante e evidentemente o resultado obtido também é diferente.

Comparativo de 2,8 mm e 12 mm

Para melhor exemplificar e demostrar como são produzidos resultados distintos com lentes distintas fizemos um pequeno demostrativo. Captamos imagens com uma câmera varifocal de 2,8 à 12 mm de 4 MP da Hikvision que estava em testes.
Capturamos imagens em distâncias de 5 à 25 metros, variando de 5 em 5 metros, com distâncias focais de 2,8 e 12 mm para cada uma das distâncias. A resolução foi a máxima permitida pela câmera. Entretanto para que fosse exibida de forma a atender nosso objetivo principal, a resolução foi reduzida.

Há muito mais o que aprender sobre ótica e como ela é aplicada na captação de imagens de monitoramento. Esta foi tão somente uma pequena introdução. Publicaremos novos complementos à este assunto.

Hikvision DS-2CD2021G1-I

A câmera IP DS-2CD2021G-I da Hikvision é uma câmera que agrega diversas tecnologias que facilitam e melhoram a captação de imagens. Ela possui entrada para cartão SD de até 128 GB o que viabiliza a gravação de imagens na própria câmera. Esta funcionalidade é especialmente atraente quando utilizada com gravadores da Hikvision, pois em caso de falta de conexão da câmera com o gravador a câmera, que mantêm a gravação independente do gravador (NVR / DVR), ao ter a conexão restabelecida atualiza o gravador fazendo a sincronização entre os dois dispositivos.

O modelo que testamos veio com lente de 2.8 mm que nos permitiu uma abertura de 105,8º na captação de imagens que podem variar, em seu stream principal, entre 1920 x 1080 até 1280 x 720 com 30 fps. No substream a resolução pode variar entre 640 x 480 até 320 x 240 com 30 fps.

H.265+

Outro aspecto importante que é merecedor de destaque é o codec H.265+ presente no equipamento. O codec H.265+, aliado à tecnologia Smart Coded da Hikvision, é capaz de compactar o vídeo com ganho de até 75% em relação ao H.264. Isso proporciona uma economia considerável em espaço de armazenamento, o que significa menos gastos com dispositivos de armazenamento. Um mês de gravações contínuas na resolução full HD com 30 fps utilizando o codec H.264 consome 2 TB de armazenamento. Somente a troca para o codec H.265+ faz com que o espaço consumido seja apenas de 480 GB.

Eventos Inteligentes

O dispositivo traz consigo o processamento dos denominados pela Hikvision de “eventos inteligentes”. Neste dispositivo estão presentes os seguintes eventos inteligentes:
Detecção de Desfocagem – Detecta quando a imagem é desfocada.
Detecção de Mudança de Cena – Detecta que a câmera foi mudada de posição.
Detecção de Rosto – Detecta rostos na imagem capturada.
Detecção de Intrusão – Detecta quando há a intrusão em uma área pré determinada da imagem.
Detecção de Cruzamento de Linha – Detecta quando há o cruzamento de uma linha determinada pelo usuário.
Detecção de Entrada em Região – Detecta quando algum objeto ou pessoa entra em região pré determinada da imagem.
Detecção de Saída de Região – Detecta quando algum objeto ou pessoa sai de uma região pré determinada da imagem.
Detecção de Bagagem Abandonada – Detecta quando algum objeto é deixado em área pré determinada da imagem.
Detecção de remoção de Objeto – Detecta quando algum objeto é removido de área pré determinada da imagem.

Ao adicionar o dispositivo em DVRs ou NVRs da Hikvision, estes incorporam os eventos inteligentes automaticamente. Assim todo evento inteligente que pode ser configurado na câmera também poderá ser configurado no canal correspondente do DVR/NVR.

Interface

O acesso ao dispositivo foi feito através do navegador Internet Explorer. Neste procedimento foi requisitado, como é padrão do fabricante, o cadastramento da senha do administrador e também as perguntas de recuperação do dispositivo.

Live View

A interface apresentada é idêntica aos demais dispositivos da marca. Uma janela com 4 menus superiores, ladeados por indicação do usuário logado, Ajuda e Lock, utilizado fazer o logoff do dispositivo.
Na parte inferior os botões de escolha de formato de visualização, opção de stream sendo visualizado e plugin em uso. Neste último há opção para o plugin da Hikvision e o QuickTime da Apple. Também estão presentes, na parte inferior direita da janela, os botões de gravação, foto, zoom e parar exibição.

Reprodução

Nesta tela estão disponíveis o clássico calendário e relógio que permitem a seleção de data e hora para busca de gravações. É preciso lembrar que é necessário que um meio de armazenamento esteja configurado para que os controles funcionem corretamente.
Uma vez feita a busca pelo período desejado é possível fazer o download do trecho selecionado,

Configurações

Local

Neste menu é possível selecionar protocolo de comunicação, desempenho de reprodução, ativação de regras, visualização de informações POS e formato de imagens.

Controla-se também os parâmetros de localização e tamanho de arquivos de gravações e imagens.

Sistema

Esse menu subdivide-se em:

Definições do Sistema – Trás as informações básicas do sistema como número de série, modelo, versões de firmware, plugin e codificação, bem como as configurações de horário (tempo), DST (Data Short Time, mais conhecido como horário de verão) e configurações de porta RS-232.

Manutenção – Controla as opções de reset do equipamento, atualização de firmware e exportação de configurações. Apresenta também a excelente ferramenta de registro de log de alterações e a configuração de ativação ou desativação de luz do infra vermelho, que neste modelo é do tipo EXIR.

Segurança – Neste submenu pode-se alterar os parâmetros de autenticação para RTSP e Web, optando-se pela mais segura (Digest) ou pela autenticação básica. Também esta disponível a Filtragem de Endereço IP aonde se pode indicar uma lista de endereços IP que poderão ou não poderão acessar o dispositivo e também a ativação do bloqueio de registro irregular.

Gestão de Conta – Permite o cadastro e controle de usuários no dispositivo, dando ao administrador a possibilidade de adicionar utilizadores e operadores com permissões distintas em cada função do dispositivo, além é claro, de mostrar os usuários conectados ao dispositivo no momento da consulta. Também é neste submenu que pode-se alterar as perguntas e respostas para confirmação de autenticação e recuperação de senha

Rede

Este menu também se subdivide em:

Configurações Básicas

TCP/IP – Controla os protocolos e endereços de rede em IPV4 e IPV6. Permite a configuração de endereço IP automático, gerenciamento de DNS e teste de IP vago na rede.

DDNS – Habilita as configurações de Dynamic Domain Name Services (DDNS). Estão disponíveis os serviços DynDNS e NoIP.

PPOE – Possibilita o cadastramento de usuários e senhas para serviços baseados no protocolo PPOE, permitindo que a própria câmera seja ligada diretamente ao modem ADSL da operadora e faça o login da conta de acesso à internet.

Porta – Gerenciamento das portas lógicas de comunicação para HTTP, RTSP, HTTPS e Servidor.

NAT – Ativa o protocolo UPNP que permite a configuração automática de abertura de portas listadas em roteadores que tenham o mesmo protocolo ativado.

Definições Avançadas

SNMP (Simple Network Management Protocol) – Configura o protocolo simples de gerenciamento de rede. Disponível nas versões V1/V2 e V3 do protocolo.

FTP – Dá acesso à configuração de login pela câmera à servidor FTP, permitindo que a mesma armazene diretamente no servidor configurado as fotos geradas por eventos pré-configurados.

Email – Permite cadastrar o e-mail, e configurar seus respectivos servidores, que enviará notificações de eventos para os e-mails registrados em lista definida pelo usuário.

Acesso à Plataforma – Habilita o acesso do dispositivo à plataforma Hik-Connect e configura o código de verificação a ser informado para o acesso ao dispositivo através desta plataforma.

HTTPS – Ativa o uso do protocolo HTTPS restringindo o acesso somente com o uso de certificados de segurança deste protocolo.

QoS (Qualit of Service) – Configura os parâmetros de prioridade para Vídeo/Áudio, Evento/Alarme e Controle DSCP. Esta configuração é utilizada por técnicos em rede que desejam ou precisam priorizar determinado tipo de conteúdo no tráfego de rede.

802.1x – Habilita a autenticação automática em redes utilizando o padrão IEEE, permitindo que o dispositivo tenha acesso à um “nó” wireless que requeira tal autenticação.

Protocolo de Integração – Permite ativar os protocolos Hikvision-CGI e ONVIF. O método de acesso por estes protocolos é automático a partir de dispositivos Hikvison que tenham sido configurados com usuário e senha da câmera e através de lista de usuários para o ONVIF.

Vídeo e Áudio

Dá acesso as configurações dos dois Streams disponíveis no dispositivo. Permite escolhe entre a resoluções que variam do Full HD (1920 x 1080P) até o 1280 x 720P para o stream principal e 640 x 480 à 320 x 240 para o secundário. Além, é claro, de dar controlar bitrate, qualidade de vídeo, FPS, taxa de bits, Codec, I-frames, suavização e perfil de configurações. Também permite habilitar a função Dual VCA.

Imagem

Este menu trás ao usuário o controle fino sobre as imagens captadas e o tratamento dado à elas pela câmera.

Configurações de Vídeo
Definições de Imagem programada – Permite selecionar comutação automática ou programada entre a operação durante o dia ou a noite. Dando ao usuário a oportunidade de escolher em qual horário as configurações para uso noturno e/ou diurno passam a ser utilizadas, ou se isso será feito de forma automática pela câmera.

Ajuste de Imagem – Ajustes de Brilho, Contraste, Saturação e agudez da imagem.

Definições de exposição – Define a exposição, tempo em que é feita a captação de luz pelo sensor, permitindo ajustes em ambientes muito ou pouco iluminados.

Alternar Dia / Noite – Controla a alteração de ajustes de comutação entre operação durante o Dia e a Noite, permitindo selecionar dia ou noite, automático ou programado.

Definições de Luz de Fundo – Controla a utilização de tecnologias como BLC e WDR.

Equalização de Brancos – Permite o ajuste de acordo com o tipo de luz recebida pela câmera.

Melhoria da Imagem – Controla a redução de ruído de interferências feita pelo dispositivo. Muito útil em locais aonde há fortes interferências captadas pelo cabeamento.

Ajuste de Vídeo – Permite aplicar os ajustes de Espelho, aonde é possível espelhar a imagem da esquerda para a direita, cima para baixo ou centro. Permite rodar a imagem em 90º, conhecido como Modo corredor e também controla o padrão de vídeo entre NTSC (60 Hz) e PAL (50 Hz).

Eventos

Este é menu que mais interesse deve despertar naqueles que procuram agregar valor aos seus serviços. Ele controla os eventos padrão que o dispositivo tem e são comuns em todo dispositivo de gravação de imagens da Hikvision, bem como os eventos inteligentes.

Detecção de Movimento – Configura a detecção de movimento permitindo ao usuário selecionar a área de detecção bem como horário e ações a serem tomadas pelo dispositivo. Dentre as ações estão a notificação por e-mail, notificação do centro de vigilância (IVMS / Hik-Connect) e gravar imagem em FTP / Cartão de Memória.

Alarme do Tamper – Indica quando há obstrução da câmera, ou seja, há sinal de vídeo mas a câmera é tapada por algo.

Exceção – Configura as ações realizadas pela câmera em exceções do funcionamento do dispositivo. Tais como: HDD Cheio, Erro em HD, Rede desligada, Conflito de IP e Login inválido.

Eventos Inteligentes

Os eventos inteligentes são os que mais agregam valor ao serviço técnico e por consequência melhores resultados dão aos usuários dos dispositivos. Já descritos acima nesta matéria, tais eventos tem agendamento de funcionamento e ações que o dispositivo terá em cada ocorrência.
São sem dúvida a “cereja do bolo” do dispositivo.

Armazenamento

O dispositivo apresenta a disponibilidade do uso de cartões SD de até 128 GB ou a configuração de até 8 HDs em servidor(es) NAS na rede.

Config. Agenda – Determina o método e agendamento de captura das imagens, podendo o usuário optar entre Contínua, Detecção de Movimento, Movimento / Alarme e Sobre Evento.

Captura – Permite configurar o dispositivo para realizar a captura de fotos de acordo com padrões permitidos de formato, intervalo e qualidade. Assim é possível manter registro fotográficos dos eventos nos métodos de armazenamento configurados.

Gerir Armazenamento

Gerir HDD – Permite preparar e administrar o cartão de memória inserido no dispositivo de forma a determinar cotas para armazenamento de gravações (95% padrão) e imagens (5% padrão).

HDD de Rede – Permite configurar até 8 HDs de rede para armazenar os dados do dispositivo.
Importante! Os HDs ou cartões informados são de uso exclusivo para a câmera. Desta forma formatados no padrão NFS ou SMB/CIFS e qualquer dado constante neles serão apagados.

Teste de Armazenamento (05/08/2019)

Para a conclusão de nossos testes, mesmo após a publicação desta matéria mantivemos o equipamento em testes para apurar a capacidade de compactação e armazenamento.
O teste simples foi de configurar a câmera para gravação continua com o período de 24 horas por dia e ver por quantos dias ela suportaria armazenar no cartão SD de 128 GB instalado nela. Os parâmetros configurados na câmera foram os padrões de fábrica, alterando-se somente o codec para o H.265+



Fizemos o acompanhamento diário do armazenamento verificando várias vezes ao dia se havia interrupção na gravação, se as imagens estavam sendo armazenadas e em qual proporção o cartão de memória estava sendo ocupado.


Diante do espantoso resultado obtido decidimos por dar por finalizado o teste ao completar o 10º dia de filmagens armazenadas. E o resultado que nos surpreendeu foi o de apenas 9,5 GB ocupados dos 117,75 GB disponíveis no cartão. A câmera consumiu apenas aproximadamente 950 MB por dia de gravação continua.
Atribuímos tal resultado às características do local aonde ela foi colocada em testes. Uma sala de nossa empresa com muito pouco movimento. Acreditamos que o fato de haver movimento muito restrito no local o codec H.265+ pode produzir sua compactação máxima, já que muito pouco do i-frame se alterava a cada geração.
De qualquer forma novos testes em ambientes externos bem mais movimentados terão início nos próximos dias e pretendemos fazer o mesmo acompanhamento.

CONCLUSÃO

A DS-2CD2021G1-I da Hikvision entrega tudo que promete em sua documentação e com folga.
Sua capacidade de gravação em cartões lhe confere uma autonomia desejável e até necessária em várias situações. Seus eventos inteligentes agregam funcionalidades e aplicações que ampliam consideravelmente o emprego em situações aonde é bem vinda ou até necessária a detecção de situações específicas muito comuns em estabelecimentos comerciais e até residenciais.
Em teste com a fonte UPS 30 da Lacerda ela consumiu tão pouco em sua função básica que a fonte conseguiu mantê-la ligada por quatro horas e trinta e dois minutos.
Foi instalado um Cartão SD de 128 GB e configurada a gravação contínua no dispositivo para avaliar o consumo de espaço. E o resultado foi absolutamente espantoso e extraordinariamente satisfatório. Atingindo uma média de 950 MB por dia de gravação.
Nos parâmetros do teste de gravação seria possível armazenar no cartão de 128 GB instalado na câmera nada menos que aproximadamente 124 dias de gravação contínua!
É realmente um equipamento que vale todo o investimento na aquisição.

Fonte UPS 30 Lacerda

Realizamos alguns testes de utilização deste equipamento fabricado pela Lacerda Sistemas e os resultados superaram nossas melhores expectativas.

O equipamento possui alimentação full range, denominação dada para dispositivos que aceitam variação na alimentação sem o uso de um seletor, de 90 à 264 volts, tensão de saída de 12 volts em corrente contínua de 2,1 amperes, com 25 watts de potência.

Em aparência o equipamento realmente guarda muita semelhança com as fontes de 12v comumente encontradas no mercado. Não fosse por seu tamanho um pouco maior e pelo botão de liga/desliga seria facilmente confundida com uma fonte comum.

Nosso teste consistiu simplesmente em verificar o funcionamento do equipamento da forma como um usuário final faria. Desta forma ligamos a fonte em uma tomada 110v e aguardamos que o led que indica seu status de ligado ou carregamento indicasse que a fonte tinha sua bateria de Li-ion com 2600 mAh estava totalmente carregada e pronta para uso.

Utilizamos outro equipamento que estava em teste. Uma câmera DS-2CD2021G-I da Hikvision. Este modelo necessita de uma tensão de alimentação de 12v, corrente de 0,3A e potência de 4W. Ela foi configurada para o funcionamento básico ou seja, somente com a detecção de movimento. Outros eventos inteligentes e gravação em cartão presentes no equipamento foram desabilitados para que o funcionamento fosse o mais próximo possível de um equipamento mais básico.

Uma vez ligada a câmera e com imagens sendo exibidas no navegador Internet Explorer, a fonte foi retirada da tomada. E assim permaneceu até que o led indicativo, que passou a piscar para indicar o uso de sua bateria, apagasse por completo e a câmera desligasse.

Para nossa surpresa e indo muito além do previsto na indicação do fabricante em sua página de internet, a câmera permaneceu funcionando por incríveis 04:32 (quatro horas e trinta e dois minutos).

A recarga completa da bateria deu-se em aproximadamente 2 horas.

O equipamento conta com proteção contra sub e sobre tensão que desligam automaticamente na ocorrência de um destes, bem como proteção contra curtos circuitos e sobrecarga. O cabo de entrada tem 1 metro de comprimento com um conector P4 padrão ABNT 14136. Dispõe de outros 3 adaptadores para conectores de tamanhos diferentes e pesa 280g.

Conclusão

O equipamento entregou muito mais do que prometeu. Energia de boa qualidade, por tempo muito superior ao esperado, funcionamento simples e proteções que preservam não só a própria fonte como também o dispositivo ligado à ela.

Recomendado para dispositivos que necessitam de proteção e fornecimento de energia aonde Nobreaks comuns não “cabem” ou não justificam o custo de implantação, o equipamento da Lacerda realmente excedeu muito todas as expectativas.